terça-feira, 13 de dezembro de 2016

RETORNO AO NEOLIBERALISMO






TEMER ADIA VIAGEM A SÃO PAULO E SE REÚNE COM CÚPULA DO PSDB.

Governo começa a semana sob impacto da delação de ex-executivo da Odebrecht, que relatou repasses a políticos e citou pedido de Temer.

O presidente da República, Michel Temer, cancelou nesta segunda-feira (12) a participação em um evento empresarial em São Paulo e se reuniu, logo pela manhã, com políticos da cúpula do PSDB no Palácio do Jaburu, em Brasília.

Temer iria abrir o congresso anual do Movimento Falconi, às 13h, mas desistiu do compromisso.

A Presidência não informou a justificativa para o cancelamento. Temer, no entanto, manteve na agenda a participação em outro evento em São Paulo, à noite.

Ele vai ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual paulista, onde receberá o prêmio “Líder do Brasil 2016”, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais.

Na reunião pela manhã no Jaburu estavam presentes, além de Temer, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o senador Aloysio Nunes (SP), líder do governo na Casa.

Na noite deste domingo (11), Temer já havia se reunido com aliados.

Na ocasião, o presidente debateu votações de projetos do governo no Congresso e um mini-pacote de medidas econômicas para amenizar o desgaste criado com as informações dadas pelo ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, no acordo de delação premiada.

Cláudio Melo citou 51 políticos de 11 partidos que teriam recebido dinheiro da empresa, em forma de caixa dois ou doações registradas na Justiça.

Entre eles, estão políticos influentes dentro do governo, como os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Segundo o delator, Temer, quando era vice-presidente, chegou a pedir pessoalmente à empreiteira dinheiro para o PMDB.

O  encontro com Aécio e Nunes, Temer reafirmou compromisso de nomear o deputado tucano Antonio Imbassahy (BA) para a secretaria de Governo. 

A pasta está sem ministro desde a saída de Geddel Vieira Lima.
O nome de Imbassahy gerou insatisfação em outros partidos da base na semana passada, principalmente entre as siglas do chamado "Centrão", o que fez Temer segurar a nomeação.

Ele afirmou a Aécio e Nunes que vai confirmar Imbassahy no cargo após votações de matérias de interesse do governo no Congresso, como o segundo turno da PEC do teto de gastos no Senado.
Fonte: G1 – DF.

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