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Prévia da inflação oficial é a menor
para dezembro desde 1998, diz IBGE.
A prévia do IPCA-15 fechou o ano em
6,58%.
Conta de luz teve impacto na queda da
prévia da inflação em dezembro.
O Índice de
Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação
oficial, perdeu força de novembro para dezembro, ao passar de 0,26% para 0,19%,
segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quarta-feira (21).
Foi o menor
IPCA-15 para os meses de dezembro desde 1998, quando registrou 0,13%. O IPCA-15
fechou o ano em 6,58%.
Em dezembro do
ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 havia ficado em 1,18%.
Principais
baixas e altas.
O item energia
elétrica (-1,93%), do grupo habitação (-0,28%), exerceu o principal impacto
para baixo no índice do mês, segundo o IBGE, devido à mudança da bandeira
tarifária, que passou de amarela para verde, fazendo com que não tivesse o
custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumido.
Influenciou
ainda a queda nas contas de energia de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Goiânia.
Influenciou
ainda na queda o grupo alimentação e bebidas, que passou de -0,06% para -0,18%,
com destaque para o feijão-carioca (-17,24%), a batata-inglesa (-15,78%),
tomate (-10,58%) e leite longa vida (-5,4%).
No grupo artigos
de residência (-0,52%), a queda foi influenciada pelos itens TV, som e
informática (-2,41%) e eletrodomésticos (-1,08%).
Por outro lado,
o grupo transportes teve a maior elevação na variação (0,79%), pressionado
pelas passagens aéreas (26,16%) e multas de trânsito (24,64%).
Houve aumento de
preços em 1° de novembro em decorrência de alteração no Código de Trânsito
Brasileiro (CTC).
Seguro de
veículo (2,94%), etanol (1,89%), automóvel usado (1,71%) e emplacamento e
licença (0,81%) também exerceram influência no resultado do grupo.
Outros destaques
em alta foram cigarro (2,13%), excursão (0,94%), empregado doméstico (0,87%) e
mão de obra para pequenos reparos (0,87%).
O IPCA-15 mais
elevado foi registrado em Brasília (0,99%), onde os preços das passagens aéreas
tiveram alta de 21,3%. O menor índice foi o de Goiânia (-0,22%), sob influência
do resultado da gasolina (-4,69%) e do etanol (-4,18%), além da queda de 1,76%
nas tarifas de energia elétrica, refletindo a redução de 8,83% em vigor desde o
dia 22 de outubro.
Previsão do
mercado financeiro.
A estimativa dos
economistas para o IPCA deste ano está em 6,49%, segundo o boletim Focus, do
Banco Central, mais recente.
Com isso,
voltaram novamente a prever a inflação dentro do intervalo do sistema de metas.
A última vez que
o mercado estimou que a meta de inflação deste ano não seria descumprida foi 13
de novembro de 2015, há mais de 12 meses.
Pelo sistema
brasileiro, a meta central para 2016 foi fixada em 4,5%, mas há um intervalo de
tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo, de modo que a
inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que seja descumprida. No ano
passado, a inflação estourou o teto da meta ao somar 10,67% - a maior desde
2002.
Os preços foram
coletados no período de 15 de novembro a 13 de dezembro e comparados com
aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro.
O indicador
refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife,
São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia
utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e
na abrangência. geográfica.
Fonte: G1 – DF.
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