COM RECESSÃO, 2016 DEVE SER PRIMEIRO ANO DE QUEDA NA OFERTA DE CRÉDITO BANCÁRIO.
Expectativa da autoridade monetária é de um recuo de 3% no saldo total do crédito ofertado pelos bancos neste ano, e alta de 2% em 2017.
Em mais um ano marcado por forte recessão e aumento do
desemprego, o saldo total do crédito bancário deverá registrar o primeiro recuo
da história, com uma queda de 3%, segundo estimativa divulgada nesta
sexta-feira (23) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio
Maciel.
No acumulado deste ano, até novembro, houve uma
diminuição de 3,6% no crédito bancário, para R$ 3,1 trilhões, contra R$ 3,21
trilhões no fechamento de 2015.
De acordo com o BC, as operações com pessoas físicas
totalizaram R$ 1,5 trilhão no mês passado, com alta de 2,5% na parcial do ano,
ao mesmo tempo em que o saldo do crédito total das empresas totalizou R$ 1,5
trilhão – mas com queda de 9% frente ao final do ano passado.
Com a retomada do crescimento esperada para o ano que
vem, em um cenário de queda dos juros básicos da economia brasileira (conforme
estimativa do mercado financeiro), a previsão do Banco Central é de que o
crédito bancário voltará a crescer no próximo ano.
A previsão da autoridade monetária é de um crescimento
de 2% no estoque total do crédito ofertado pelos bancos no ano que vem, sendo
que o saldo dos bancos públicos deve avançar 3%, o dos privados deve subir 1% e
dos estrangeiros devem ter uma alta de 2%.
Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), porém,
a previsão do BC é de recuo tanto em 2016 quanto em 2017.
No fim de 2015, o estoque do crédito bancário somava
53,7%. A expectativa da autoridade monetária, para o fim deste ano, é de que o
estoque represente 49% do PIB, e que caia para 48% do PIB no fechamento de
2017.
"Uma queda do crédito PIB vem em linha com
processo de desalavancagem redução das dívidas em curso tanto das famílias
quanto das empresas", declarou Maciel, do BC.
Fonte: G1 – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário