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Eles são suspeitos de tentar comprar o
silêncio de ex-diretor da Petrobras.
Denúncia foi aceita pela 10ª Vara da
Justiça Federal de Brasília.
O juiz Ricardo
Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou denúncia apresentada
pelo Ministério Público e transformou em réus <o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de
gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado
Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai.
Eles são acusados de tentar obstruir a Justiça tentando comprar o silêncio do
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
A denúncia foi
apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no começo deste ano, mas o
ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte,
determinou que fosse enviada para a Justiça Federal de Brasília depois que
Delcídio foi cassado no Senado e perdeu o foro privilegiado.
>Na ocasião em
que Delcídio deixou de ser senador, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu ao Supremo que o processo fosse enviado para o juiz federal Sérgio
Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, por
entender que havia conexão dos fatos com o esquema de corrupção que agia na
Petrobras.
Janot ponderou
que, parte dos denunciados, como José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício
Bumlai, e o próprio Cerveró já são alvos de processo no Paraná. Advogados de
defesa dos acusados, no entanto, contestaram o pedido de envio ao Paraná.
O banqueiro
André Esteves, um dos denunciados, argumentou que o suposto crime foi cometido
em Brasília. Já o ex-presidente Lula afirmou que o caso deveria ir para Justiça
Federal de São Paulo porque fatos narrados ocorreram naquele estado.
O ministro Teori
Zavascki reconheceu que o que permitia que o inquérito seguisse no Supremo era
o foro privilegiado de Delcídio. Mas, depois que ele foi cassado, o caso
deveria continuar na primeira instância, frisou o ministro.
Mas ele entendeu
que o próprio Supremo já decidiu que não há a chamada "prevenção"
para o que não se referir especificamente à corrupção na estatal. Segundo o
ministro, a definição do juízo que deve tocar o caso deve ser feita conforme o
local onde o crime foi cometido.
Conforme o
ministro, os delitos ocorreram no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília,
"com preponderância desta última porque onde desempenhava o ex-parlamentar
sua necessária atividade".
Teori Zavascki
também frisou que foi em Brasília que o filho de Cerveró, Bernardo, gravou a
conversa que deu origem à descoberta da trama.
Fonte: G1 – DF.
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