sexta-feira, 1 de julho de 2016

JUSTIÇA NÃO TEM A MEMÓRIA CURTA E PRENDE O CACHOEIRA

 OPERAÇÃO SAQUEADOR PRENDE CARLINHOS CACHOEIRA.

Dias antes de ser preso na Operação Saqueador, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, teve seu primeiro filho com Andressa Mendonça, em Goiânia. A menina recebeu o nome de Clara. 

A mulher do empresário agradeceu, nas redes sociais, pela família e celebrou a chegada da criança durante a última semana.

Na manhã desta quinta-feira (30), Andressa ligou para o advogado do marido, Nabor Bulhões, para avisar sobre a prisão de Cachoeira na casa deles, em um condomínio de luxo de Goiânia. Segundo a defesa, eles ainda vão se interar sobre a situação para se pronunciar.

O G1 tenta contato com Andressa e familiares do casal. Porém, as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

Andressa já tinha outros dois filhos do relacionamento com o deputado Wilder Morais (PP). 

O casal está junto desde 2010, mas a união só foi oficializada em dezembro de 2012, dias depois de Cachoeira sair da cadeia. 

Na época, ele se ajoelhou e beijou os pés da mulher.

No dia 8 de setembro de 2015, Andressa Mendonça divulgou uma foto nas redes sociais anunciando o fim do casamento, mas um mês depois fez nova postagem comunicando que o casal havia reatado. Na publicação, a empresária escreveu: "O amor vence barreiras, o meu constrói caminhos".

Operação Saqueador.

Cachoeira é um dos alvos da Operação Saqueador, que visa a prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. 

Ele e o ex-diretor da Construtora Delta, no Centro-Oeste, Cláudio Abreu foram transferidos no início da tarde de Goiânia para o Rio de Janeiro, sede das investigações.

O advogado de Cachoeira,  Antônio Nabor Bulhões, disse que ficou sabendo da prisão no início da manhã, após uma ligação da esposa do cliente e que iria se inteirar do caso para se pronunciar. O defensor de Cláudio Abreu, Fabrício Correia de Aquino, também argumentou que só falará após tomar conhecimento das acusações.

O empresário Adir Assad, que já cumpria prisão domiciliar após ter sido condenado a 9 anos e 10 meses na Operação Lava Jato, também foi preso. Assad é suspeito de participar da montagem de empresas de fachada para lavar o dinheiro desviado.

Há ainda um mandado para prender Fernando Cavendish, dono da empresa Delta Construções, responsável por diversas obras públicas por meio das quais os R$ 370 milhões foram desviados, segundo o MPF. 

A polícia aguarda um contato do advogado para saber se pode considerar cliente foragido. O empresário está na Europa desde 22 de junho e a Interpol pode ser acionada para localizá-lo.

A assessoria de imprensa da construtora Delta e do empresário Fernando Cafendish disse que vai se pronunciar ainda nesta quinta-feira. O G1tenta contato com a defesa de Adir Assad.

Ao todo, o MPF pede a condenação de 23 pessoas por lavagem de dinheiro e associação criminosa, além da devolução em dobro dos R$ 370 milhões desviados. 

Entre os denunciados estão executivos, diretores, uma tesoureira e conselheiros da Delta, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas criadas por Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud.

As prisões foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, titular da sétima vara federal criminal do Rio de Janeiro.

Carlinhos Cachoeira acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, Cachoeira já havia sido preso em fevereiro de 2012, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal. Ele ganhou liberdade em 11 de dezembro do mesmo ano.

A operação revelou ligação entre o contraventor e o ex-senador goiano Demóstenes Torres (DEM). De acordo com o MPF, o ex-parlamentar é acusado de prática de corrupção e advocacia administrativa em favor de Cachoeira. Ele teve o mandato cassado.

Desde então, Cachoeira já foi condenado pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. 

A última condenação foi no dia 23 de setembro, por violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ele responde aos crimes em liberdade.
Fonte: G1 – GO.

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