Ele disse ainda que vai discutir questões de Estado com
atual oposição.
O
presidente em exercício Michel Temer disse que quer unidos em sua base de apoio
na Câmara tanto o grupo conhecido como "Centrão" (partidos de
centro-direita que eram da base de apoio da presidente afastada, Dilma
Rousseff, e que passaram a defender o impeachment) quanto a antiga oposição,
formada por DEM, PSDB e PPS, sem fazer distinção entre eles.
Na
eleição para a presidência da Câmara, na noite de quarta-feira (13), os dois
candidatos do segundo turno representavam esses grupos. <Rodrigo Maia (DEM-RJ),
que saiu vencedor, e Rogério Rosso (PSD-DF), que tem proximidade com o
ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais criadores do
centrão.
Após a disputa, Rosso disse que vai apoiar Maia ao longo do mandato.
Para
Temer, todos fazem parte da base.
- "Nem centrão nem antiga oposição, o que
eu quero é unir a base de apoio e vou trabalhar por isso".
Temer
disse ainda que vai conversar com partidos de esquerda, que agora fazem parte
da oposição, como o PT, para tratar de temas de Estado.
O presidente em
exercício citou a reforma da previdência.
"Questões
de Estado, como a reforma da previdência, interessam hoje para quem está na
Presidência e para quem estará amanhã.
Estas questões de Estado, claro,
trocarão idéias com eles. Oposição existe também para ajudar a governar.
Quando
fui designado coordenador político do governo Dilma, quem nos garantiu a
vitória da nossa primeira MP, que ganhamos por 22 votos, foi o DEM, do Rodrigo
Maia", disse Temer.
"Eu
acho que distensionei bastante o Executivo, mas confesso que esta eleição da
Câmara distensionou a própria Câmara.
Esse gesto do Rodrigo Maia e do Rosso se
abraçando.
Liguei para todos os candidatos depois, menos Luiza Erundina e
Heráclito Fortes, que não consegui.
Mas liguei um a um e disse: você ajudou a
distensionar o clima, parabéns.
Temer,
que se reuniu com Maia nesta quinta-feira (14), concluiu a entrevista dizendo
que a prioridade do governo no Congresso neste momento é aprovar a Proposta de
Emenda à Constituição que impõe um teto aos gastos públicos.
Segundo ele, Maia
está "ciente" dessa prioridade.
Fonte: Agência Brasil.
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