No primeiro interrogatório, executivos ficaram calados diante do Juiz.
Ex-executivos da Andrade Gutierrez que ficaram calados
diante do juiz Sergio Moro serão interrogados novamente nesta segunda-feira
(25). Desta vez, na condição de delatores da Operação Lava Jato.
Antônio Pedro Campelo, Elton Negrão e Flávio Gomes
Machado Filho, réus em ação penal oriunda da 14ª fase – serão ouvidos na
Justiça Federal em Curitiba a partir das 14h.
Este processo chegou a ser suspenso por quatro meses
justamente pela negociação dos acordos de colaboração entre os réus e a
Procuradoria Geral da República (PGR).
A 14ª fase da Operação Lava Jato focou
as investigações na Andrade Gutierrez e na Odebrecht, que são as maiores empreiteiras
do país.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as
duas empresas agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes
de licitações da Petrobras.
Esse diferencial, conforme o MPF, estava no pagamento
de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
Na quinta-feira (28) serão ouvidos Otávio Marques de
Azevedo e Paulo Roberto Dalmazzo, também ex-executivos da Andrade Gutierrez.
Os executivos são suspeitos de pagar propina em
contratos como o do Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) do Centro
de Pesquisas da Petrobras (CENPES), no Rio de Janeiro; no Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj); na Refinaria de Paulínia (Replan); no gasoduto
Gasduc III, em Cachoeiras do Macau (RJ); no gasoduto Urucu-Manaus; na Refinaria
Landulpho Alves (RLAM); na Refinaria Gabriel Passos (Regap); e no Terminal de
Regaseificação da Bahia.
A empresa afirma, por meio de nota oficial, que tem
compromisso de colaborar com a Justiça.
“A Andrade Gutierrez mantém o compromisso
de colaborar com a Justiça.
Além disto, tem feito propostas concretas para dar
mais transparência e eficiência nas relações entre setores público e privado.”
Acordo de Leniência.
Em novembro de 2015, a Andrade Gutierrez fechou um
acordo de leniência com a PGR.
A empreiteira terá que pagar uma multa civil de R$ 1
billhão para ressarcir o prejuízo da Petrobras.
Fonte: G1 – PR.
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