terça-feira, 26 de julho de 2016

BRASIL POLÍTICO - JUSTIÇA RESISTE 'EXCELÊNCIA' DA CORRUPÇÃO

 SÉRGIO MORO INTERROGA EX-EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ COMO DELATORES.

No primeiro interrogatório, executivos ficaram calados diante do Juiz.


Audiência ocorre nesta segunda-feira (25) na Justiça Federal em Curitiba.

Ex-executivos da Andrade Gutierrez que ficaram calados diante do juiz Sergio Moro serão interrogados novamente nesta segunda-feira (25). Desta vez, na condição de delatores da Operação Lava Jato. 

Isso significa que terão que responder às perguntas do magistrado.

Antônio Pedro Campelo, Elton Negrão e Flávio Gomes Machado Filho, réus em ação penal oriunda da 14ª fase – serão ouvidos na Justiça Federal em Curitiba a partir das 14h.

Este processo chegou a ser suspenso por quatro meses justamente pela negociação dos acordos de colaboração entre os réus e a Procuradoria Geral da República (PGR). 

A 14ª fase da Operação Lava Jato focou as investigações na Andrade Gutierrez e na Odebrecht, que são as maiores empreiteiras do país.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as duas empresas agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras.

Esse diferencial, conforme o MPF, estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.

Na quinta-feira (28) serão ouvidos Otávio Marques de Azevedo e Paulo Roberto Dalmazzo, também ex-executivos da Andrade Gutierrez.

Os executivos são suspeitos de pagar propina em contratos como o do Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) do Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), no Rio de Janeiro; no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj); na Refinaria de Paulínia (Replan); no gasoduto Gasduc III, em Cachoeiras do Macau (RJ); no gasoduto Urucu-Manaus; na Refinaria Landulpho Alves (RLAM); na Refinaria Gabriel Passos (Regap); e no Terminal de Regaseificação da Bahia.

A empresa afirma, por meio de nota oficial, que tem compromisso de colaborar com a Justiça. 

“A Andrade Gutierrez mantém o compromisso de colaborar com a Justiça. 

Além disto, tem feito propostas concretas para dar mais transparência e eficiência nas relações entre setores público e privado.”

Acordo de Leniência.

Em novembro de 2015, a Andrade Gutierrez fechou um acordo de leniência com a PGR.

A empreiteira terá que pagar uma multa civil de R$ 1 billhão para ressarcir o prejuízo da Petrobras.
Fonte: G1 – PR.

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