sexta-feira, 22 de julho de 2016

MARQUETEIRO JOÃO SANTANA "UM DOS DISCÍPULOS DA IMACULADA E INOCENTE DILMA" É OUVIDO PELO JUÍZ MORO

 JOÃO SANTANA E MÔNICA MOURO TEM 1ª AUDIÊNCIA COM O JUIZ SÉRGIO MORO.

<Presos, eles são réus em processo da 23ª etapa da Operação Lava Jato.

Também devem ser ouvidos pela Justiça Zwi Skornicki e João Vaccari Neto.

O ex-marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele Mônica Moura têm audiência às 14h desta quinta-feira (20) com o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Eles devem depor na condição de réus do processo referente à 23ª fase da Operação Lava Jato. O casal está preso na capital paranaense desde fevereiro deste ano, e esta é a primeira vez que poderão falar diretamente com o juiz.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, foram encontrados indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.

De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, o dinheiro é oriundo de propina retirada de contratos da Petrobras e da Sete Brasil - empresa criada para operação do pré-sal.

Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi citado por delatores da operação do esquema como elo de pagamentos de propina. O engenheiro tem acordo de colaboração com a força-tarefa.

Também estão previstos para esta quinta-feira os depoimentos de Zwi e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que tem ficado calado em todas as oitivas na Justiça Federal.

João Santana, Mônica Moura, Zwi Skornick estão detidos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. João Vaccari Neto está detido no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A denúncia.

O dinheiro, conforme os procuradores, teve origem em contratos celebrados entre o estaleiro Keppel Fels e a Petrobras para a realização das plataformas P-51, P-52, P-56 e P-58.

Segundo a denúncia, houve pagamento de propina para Renato Duque e Pedro Barusco nesses contratos. Ambos têm condenação na Lava Jato.

Duque está preso no CMP, e Barusco cumpre pena regime aberto diferenciado que estabelece recolhimento domiciliar durante a noite e nos fins de semana e feriados.

A Keppel Fels também tinha contratos com a Sete Brasil para construção de sondas que chegam a R$ 185 milhões.

Segundo as investigações, um terço da propina paga nesses contratos foi dividido entre o ex-presidente da Sete Brasil João Ferraz e os ex-gerentes da Petrobras Pedro Barusco e Eduardo Musa, todos são colaboradores da Lava Jato.

Os outros dois terços foram encaminhados ao então tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que solicitou que parte dos depósitos ficasse com João Santana e Monica Moura, segundo a denúncia.

Assim que o conteúdo da investigação se tornou público, os advogados que representam Santana e Moura afirmaram que recursos em contas do exterior provêm, exclusivamente, de campanhas feitas em outros países. Segundo a defesa, "nenhum centavo" é de campanha brasileira.

Quando Zwi foi preso, a defesa dele afirmou que o engenheiro só falaria nos autos do processo e que considerava a prisão desnecessária.

Fonte: G1 – PR.

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