segunda-feira, 4 de julho de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

INCONSCIÊNCIA DA REALIDADE DA PRESIDENTE AFASTADA.

Nobres:
Ao que tudo entender que a palavra, “golpe” proferidas por Dilma e de seu bando, aos poucos não obtiveram credibilidade junto à sociedade, nem mesmo bem antes da votação da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, já se dizia que a presidente Dilma Rousseff, caso sobrevivesse no cargo, faria uma “guinada à esquerda” em seu governo, privilegiando ainda mais os tais “movimentos sociais” e ressuscitando a “nova matriz econômica” que pôs o Brasil no rumo da recessão e do desemprego. Agora afastada, parece que Dilma terminou de colocar no papel os seus compromissos caso o Senado não casse definitivamente o seu mandato. Alguns segmentos da mídia tiveram acesso a uma versão preliminar do que seria a “edição 2016” da Carta ao Povo Brasileiro, assinada por Lula na campanha eleitoral de 2002 e na qual que se buscava tranqüilizar os mercados, agitados com a possibilidade de um governo de esquerda. O texto Dilmista é tão surreal quanto tal documento do PT, que pede ao governo a retomada das medidas que afundaram o país. A ficção (mentira descarada que de certo modo sensibiliza os nordestinos a base de sustentação da ex-presidente Dilma! Onde estão distantes da realidade econômica do país, os que menos sofrem em função das benesses do governo para nossa região de “pedintes” que carece em sua maioria de carência civilizatória. Por esta razão os notórios ladrões da política, os políticos podres ainda estão no poder e se dispensa citá-los.  Ainda se reforça o embuste, começa quando Dilma afirma que a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, após sua reeleição, em 2014, foi uma tentativa de unir um país rachado pela campanha suja capitaneada pelo marqueteiro João Santana. Ao adotar o programa dos adversários, Dilma estaria estendendo uma mão amiga à oposição, alega. É uma mentira fácil de desmascarar. Levy só foi para o governo porque Dilma sabia muito bem que havia enganado o país durante a campanha, escondendo dos brasileiros a real situação das contas públicas, que estavam em frangalhos depois de anos de “nova matriz econômica”. Era preciso chamar alguém que reconstruísse o que ela havia destruído, inclusive a credibilidade internacional. Joaquim Levy só foi para o governo porque Dilma sabia muito bem que havia enganado o país durante a campanha.  Levy, como se sabe, não conseguiu atingir o objetivo. Não por culpa “da direita e da pauta-bomba no Congresso”, como Dilma quer fazer crer, e sim porque Levy costumava ser voto vencido em um ministério no qual a ala gastadora seguia dando as cartas, com as bênçãos da presidente, uma dinâmica que foi consagrada quando a cabeça de Levy rolou, em dezembro de 2015: o escolhido para sucedê-lo foi o então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apontado como um dos mentores das “pedaladas fiscais” condenadas pelo TCU. “Pedaladas”, aliás, que continuaram a ser cometidas ao longo de 2015, prejudicando qualquer tipo de ordem que Levy tentasse colocar nas contas públicas. Então, segundo a narrativa Dilmista, como a oposição não aceitou a oferta de amizade feita por Dilma, preferindo sabotá-la e, por fim, promovendo um “golpe” sim, a presidente afastada insistirá nesse discurso, apesar de o rito prescrito pelo STF estar sendo seguido, e apesar de a perícia pedida pelos próprios petistas ter comprovado o crime de responsabilidade, ela cansou de ser boazinha: vai botar em prática seu programa de campanha. Aquele mesmo, baseado na premissa falsa de que não havia problema com as contas públicas; a continuação da “nova matriz econômica” cuja irresponsabilidade quebrou o país e nos trouxe à recessão. A Carta ao Povo Brasileiro de 2002 era um conjunto de compromissos para efetivamente tranqüilizar os brasileiros, pois “Lulinha paz e amor” ligava o respeito aos contratos e se afastava das rupturas econômicas defendidas em campanhas anteriores e, de fato, em seus primeiros quatro anos Lula primou pela continuidade da política econômica de FHC (as bases para o desastre só foram lançadas no segundo mandato). Já a tal carta de Dilma só tranqüiliza a minoria de militantes; a maioria dos brasileiros deveria era olhar com muita preocupação as promessas que a presidente afastada faz; só resta esperar que ela jamais tenha a oportunidade de cumpri-las. Isto é fato, só resta tempo para desmitificar a farsa.
Antônio Scarcela Jorge.

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