Ao todo, 12
foram presos pelas ações que ocorrem desde o fim de semana.
Foram sete
ataques a prédios públicos desde quinta-feira.
A Polícia no
Ceará prendeu mais quatro homens suspeitos de participação nos ataques a ônibus
e delegacias que ocorrem na Grande Fortaleza desde quinta-feira (14).
As
investigações apontam que dois destes suspeitos recebiam as ordens de
presidiários e organizavam os ataques.
Com eles, a polícia apreendeu uma
pistola e droga. Os quatro foram presos na noite desta terça-feira (19) na
BR-222, no Bairro Genibaú, na Caucaia.
Desde quinta,
sete prédios públicos - seis delegacias e a sede da Guarda Municipal de Fortaleza
- sofreram atentados. Pelo menos cinco ônibus foram incendiados. (veja abaixo
infográfico com locais atacados)
Ao todo, 12
pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nestes ataques, segundo a
polícia.
Desde 2015, foram 46 presos por envolvimento neste tipo de crime. O
titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, explica que
as investigações sobre os presos é realizada há cerca de quinze dias.
Entre os
crimes, a polícia investiga a participação do grupo no ataque ao 17º Distrito
Policial (DP), na madrugada do último domingo (17).
O delegado disse
que as ordens eram repassadas por telefone e por recados durante as visitas aos
detentos.
"A gente vem trabalhando e já identificou os mandantes. A ordem
vem do presídio.
O líder do presídio manda a ordem para o suspeito (de 31
anos), que regimenta outros soldados pra fazer a ação", destacou.
Um dos suspeitos
de organizar os ataques, de 23 anos, tinha um mandado de prisão em Maracanaú
por homicídio.
O outro homem suspeito de receber as ordens dos presidiários tem
31 anos e é fugitivo do sistema penal, mas estava sem a tornozeleiras por ter
violado o equipamento.
A polícia
investiga a participação dos outros dois suspeitos, de 21 e 41 anos, e acredita
que eles subordinados do grupo.
Com eles, a polícia apreendeu uma pistola de 9
milímetros e 300 gramas de maconha.
Os homens foram
encaminhados para a Delegacia de Roubos e Furtos. Eles vão responder por
responder por tentativa de homicídio e dano ao patrimônio público.
Investigações.
No dia 19, o
delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, informou que oito suspeitos
haviam sido presos pelos ataques do fim de semana e que, 42 pessoas, entre
homens, mulheres e adolescentes, foram capturados por terem participado de
forma direta ou indireta em ataques desde 2015.
As prisões ocorreram em bairros
de Fortaleza e cidades do interior do estado.
Desde
quinta-feira (14), foram contabilizados pelo menos sete ataques a prédios
públicos de segurança, além de mais de incêndios a mais de cinco ônibus.
Delegacias como o 3º, 27º 30º Distritos Policiais e o prédio da Guarda
Municipal de Fortaleza foram alvos dos bandidos. Um policial foi morto e cinco
agentes foram feridos em diferentes ocorrências.
Os primeiros
ataques criminosos coordenados ocorreram ainda em 2015, quando quadrilhas
incendiaram veículos do transporte público e atiraram contra delegacias.
As ações
seguiram neste ano.
Em março, o Ceará registrou uma série de ataques contra
delegacias, ônibus e até o prédio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus).
O delegado-geral
acrescentou que outros 30 suspeitos foram identificados pela polícia.
Conforme
Andrade Júnior, alguns presos do sistema carcerário do estado estão entre os
envolvidos.
"Com informações repassadas pelos setores da Inteligência da
polícia identificamos que algumas das ordens para os ataques partiram de dentro
dos presídios.
Todas as informações estão sendo checadas para identificar e
prender todos os envolvidos. O trabalho está sendo feito tanto nas ruas como
dentro dos presídios", comentou o delegado.
Principais
prisões.
Os cinco homens
presos na segunda-feira (18) já estavam sendo monitorados pela Polícia Civil.
Um deles respondia a um procedimento criminal por tráfico de drogas e outros
dois possuíam passagens pela polícia por homicídios.
Nos celulares dos
suspeitos haviam mensagens que indicavam ataques contra policiais e prédios
públicos.
Um homem também
foi preso na sexta-feira (15) por envolvimento na morte do sargento Franscisco
Moésio Pinheiro Barbosa, que foi assassinado durante uma tentativa de assalto
no Bairro Carrapicho, em Caucaia.
Outros dois adolescentes foram apreendidos
por envolvimento no tiroteio que deixou dois PMs feridos Bairro Antônio
Bezerra.
Outras prisões
ocorreram no mês de março. De acordo com a SSPDS, pelo menos dez pessoas foram
capturadas suspeitas de participar de atentados contra delegacias e de terem
incendiado seis coletivos em Fortaleza.
Criminosos também foram presos em
novembro de 2015 suspeitos de participação em ações coordenadas contra
policiais órgãos públicos no Ceará.
Ordens partiram
de dentro dos presídios;
Andrade Júnior
acrescentou que, dentre as motivações para os ataques, está o descontentamento
de algumas práticas de repressão ao crime dentro dos presídios cearenses.
Em
uma dessas ações, por exemplo, foram apreendidos 450 celulares durante uma
vistoria na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (CPPL I), em
Itaitinga.
O Governo do
Estado anunciou em breve deve ser inaugurada a Delegacia de Repressão ao Crime
Organizado (Draco), que ficará responsável pela investigação dos ataques a
órgãos públicos. Segundo Andrade Júnior, a delegacia já deve iniciar os
trabalhos no mês de agosto, com o reforço de novos policiais civis.
Fonte: G1 – CE.
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