quarta-feira, 6 de julho de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

CUSTO BRASIL E SEPSIS: ‘DESVIA’ O DINHEIRO DOS TRABALHADORES.

Nobres:
Tornou-se comum no atual reino dos inocentes como saída para contestação e neste caso, no setor, quando comentamos ao rádio o furor do governo petista é que estamos embasados das informações e conseqüentemente aprofundamos nas questões de ordem e na veracidade do fato, incontinente somos acossados por pessoas que nos parecem desconhecer a razão e, aditam e pressionam, pelo simples fato de estarem forrentado, que aos poucos se distanciam dos sucessivos cotidianos dos escândalos e da ladroagem “sem fim”. Deste “rosário de escândalos “os donos da razão” se segue pela premissa de que o Brasil está sendo passado a limpo. O que já devia ter sido feito há muito tempo. Antes tarde do que nunca, porém. As duas últimas investigações tornadas a público dão-nos conta do lado mais perverso da corrupção. Toda obra ou serviço público com sobre preço representa a sangria dos serviços de educação, saúde, segurança e infraestrutura que poderiam ser entregues à população. Mas fica ainda mais indignado com os detalhes revelados nas operações Custo Brasil e Sepsis. A primeira investigou a cobrança de propina em contratos de empréstimo consignado. Corruptos se aproveitaram de uma excelente idéia, a do empréstimo cujos juros são menores porque são garantidos pelos salários dos servidores (estáveis).  Passaram a cobrar um valor por cada uma dos milhões de operações contraídas pelos servidores endividados. Dinheiro dos assalariados engordando a conta de malfeitores, passando pelo gabinete do Ministério do Planejamento, tendo a frente o corrupto Paulo Bernardes, que tem de seu lado a digníssima além corrupta Senadora Gisela muito arrogante prepotente e “abestalhada”, como arrogam em sua maioria do PT que enquanto prestes a serem presos, agem sob pressão em todas as escalas de governo, (união, estados e municípios). Voltando a cúpula da ladroice, o que foi revelado na segunda operação, a Sepsis, revelou como eram aprovados os projetos do Fundo de Investimentos do FGTS, cujos recursos pertencem aos trabalhadores que todos os meses vêem 8% de sua remuneração a ele recolhidos e submetidos a uma taxa de juros remuneratórios bem menor do que eles obteriam se investissem esses 8% no mercado financeiro. A captação barata permite que o FI-FGTS conceda empréstimos camaradas a grandes empreendimentos. A investigação revelou que os critérios de seleção dos financiamentos passavam longe do mérito e de suas finalidades legais (construção de moradias, obras de infraestrutura e saneamento). É emblemático o caso do projeto de produção de celulose da Eldorado, do Grupo JBS. Depois do financiamento especial do BNDES, a Eldorado tratou de morder o FI-FGTS, manobrando para que o fundo comprasse suas debêntures por R$ 940 milhões. Seu presidente, Joesley Batista, operou com Lúcio Funaro (o doleiro onipresente do Banestado, Mensalão, Lava-Jato e, agora, da Sepsis). Fábio Cleto, o vice-presidente da Caixa Econômica que dava a última palavra na aprovação dos projetos do FI-FGTS, havia sido nomeado numa conspiração que envolveu Funaro e Eduardo Cunha. Impressiona saber que a então presidente da República nomeou Fábio Cleto para a CEF por indicação de Eduardo Cunha e Fábio Funaro. Difícil aceitar que o ‘pragmatismo político’ para construir uma base de apoio no Parlamento poderia chegar a tanto descuido com o fundo pertencente aos trabalhadores. Em algum momento foi legítimo esperar outro objetivo de um personagem sombrio como Eduardo Cunha ao nomear alguém para um cargo com as atribuições acima vistas? Surpreende que o indigitado embolsasse cerca de 80% da propina obtida desses projetos? O que estão a pensar os milhões de trabalhadores e de pequenos e médios empresários que gostariam de ter tido acesso ao crédito vantajoso do FI-FGTS? O que inquieta a Nação é que esse cidadão ainda não esteja preso. Vê-se que os chamados ‘campeões nacionais’ eram-nos por motivo bem distante do mérito empresarial. Bandoleiros travestidos de políticos.
Antônio Scarcela Jorge.

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