SCARCELA JORGE
CUSTO BRASIL E SEPSIS: ‘DESVIA’ O DINHEIRO DOS TRABALHADORES.
Nobres:
Tornou-se comum no atual reino dos inocentes como
saída para contestação e neste caso, no setor, quando comentamos ao rádio o furor
do governo petista é que estamos embasados das informações e conseqüentemente aprofundamos
nas questões de ordem e na veracidade do fato, incontinente somos acossados por
pessoas que nos parecem desconhecer a razão e, aditam e pressionam, pelo
simples fato de estarem forrentado, que aos poucos se distanciam dos sucessivos
cotidianos dos escândalos e da ladroagem “sem fim”. Deste “rosário de
escândalos “os donos da razão” se segue pela premissa de que o Brasil está
sendo passado a limpo. O que já devia ter sido feito há muito tempo. Antes
tarde do que nunca, porém. As duas últimas investigações tornadas a público
dão-nos conta do lado mais perverso da corrupção. Toda obra ou serviço público
com sobre preço representa a sangria dos serviços de educação, saúde, segurança
e infraestrutura que poderiam ser entregues à população. Mas fica ainda mais
indignado com os detalhes revelados nas operações Custo Brasil e Sepsis. A
primeira investigou a cobrança de propina em contratos de empréstimo
consignado. Corruptos se aproveitaram de uma excelente idéia, a do empréstimo
cujos juros são menores porque são garantidos pelos salários dos servidores
(estáveis). Passaram a cobrar um valor
por cada uma dos milhões de operações contraídas pelos servidores endividados.
Dinheiro dos assalariados engordando a conta de malfeitores, passando pelo
gabinete do Ministério do Planejamento, tendo a frente o corrupto Paulo
Bernardes, que tem de seu lado a digníssima além corrupta Senadora Gisela muito
arrogante prepotente e “abestalhada”, como arrogam em sua maioria do PT que
enquanto prestes a serem presos, agem sob pressão em todas as escalas de
governo, (união, estados e municípios). Voltando a cúpula da ladroice, o que
foi revelado na segunda operação, a Sepsis, revelou como eram aprovados os projetos
do Fundo de Investimentos do FGTS, cujos recursos pertencem aos trabalhadores
que todos os meses vêem 8% de sua remuneração a ele recolhidos e submetidos a
uma taxa de juros remuneratórios bem menor do que eles obteriam se investissem
esses 8% no mercado financeiro. A captação barata permite que o FI-FGTS conceda
empréstimos camaradas a grandes empreendimentos. A investigação revelou que os
critérios de seleção dos financiamentos passavam longe do mérito e de suas
finalidades legais (construção de moradias, obras de infraestrutura e
saneamento). É emblemático o caso do projeto de produção de celulose da
Eldorado, do Grupo JBS. Depois do financiamento especial do BNDES, a Eldorado
tratou de morder o FI-FGTS, manobrando para que o fundo comprasse suas debêntures
por R$ 940 milhões. Seu presidente, Joesley Batista, operou com Lúcio Funaro (o
doleiro onipresente do Banestado, Mensalão, Lava-Jato e, agora, da Sepsis).
Fábio Cleto, o vice-presidente da Caixa Econômica que dava a última palavra na
aprovação dos projetos do FI-FGTS, havia sido nomeado numa conspiração que
envolveu Funaro e Eduardo Cunha. Impressiona saber que a então presidente da
República nomeou Fábio Cleto para a CEF por indicação de Eduardo Cunha e Fábio
Funaro. Difícil aceitar que o ‘pragmatismo político’ para construir uma base de
apoio no Parlamento poderia chegar a tanto descuido com o fundo pertencente aos
trabalhadores. Em algum momento foi legítimo esperar outro objetivo de um
personagem sombrio como Eduardo Cunha ao nomear alguém para um cargo com as
atribuições acima vistas? Surpreende que o indigitado embolsasse cerca de 80%
da propina obtida desses projetos? O que estão a pensar os milhões de
trabalhadores e de pequenos e médios empresários que gostariam de ter tido
acesso ao crédito vantajoso do FI-FGTS? O que inquieta a Nação é que esse
cidadão ainda não esteja preso. Vê-se que os chamados ‘campeões nacionais’ eram-nos
por motivo bem distante do mérito empresarial. Bandoleiros travestidos de
políticos.
Antônio
Scarcela Jorge.
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