sexta-feira, 29 de julho de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2016

SCARCELA JORGE
COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

TORNA-SE À INVIÁVEL A REFORMA POLÍTICA.

Nobres:
Os fatos mais recentes evidenciam que o nosso sistema político encontra-se bastante prejudicado no tocante à representatividade dos eleitos em relação aos eleitores. Quanto mais pobre a região, Estado, Município, mais isso se confirma. Houve certa migração de modelo, do antigo coronel, para o Chefe político alçado a essa condição a partir da capacidade de influenciar, seduzir etc., prefeitos, vereadores, líderes comunitários, presidentes de associações e outras lideranças menores, lastreado em motivações pecuniárias (usualmente de fonte ilícita), repetindo-se o mesmo modelo nas eleições locais. De qualquer modo, sem mudança no modelo, a representatividade, a decorrente legitimidade dos representados continuará paulatinamente a definhar até que o sistema se rompa. Tal fato põe em risco o próprio desenho da “democracia formal brasileira”. Urge mudar, isso é pacífico. Há, entretanto, um enorme entrave: essa reforma, que implicaria em: 1. Restrição ao financiamento privado; 2. Maior controle sobre as prestações de contas, com sanções mais rigorosas aos seus fraudadores; 3. Financiamento público efetivo e isonômico do sistema eleitoral (cujos valores seriam muito menores, apesar de expressivos, que “os financiamentos espúrios com dinheiro público” através de empreiteiras intermediárias); 4.Extinção dos Partidos nanicos, verdadeiras barrigas de aluguel”, com a criação de “cláusulas de barreira” (erroneamente vedadas pelo STF no passado, entretanto seria mais fácil não haver eleições, debelar com a corrupção, ‘isto é utopia! E deixar por uma feliz idéia a referida cláusula” escolher o racional. Ora, ora, se faz um pleito eleitoral com a má intenção de “corroborar” dentro de uma cadeia (não confundir como se fosse presídio) de todos os elementos, sem exceção, de segmentos em segmentos. Ainda sobre a Reforma, nada disso é novidade. Novidade seria a sociedade pressionar os congressistas (majoritariamente beneficiários do sistema) a aprovar tal mudança. Tal é difícil, muito difícil... talvez um sonho. Mas para viver nesse país, é necessário sonhar : acreditar em “Saci-Pererê, comadre fulozinha, mula sem cabeça... a Santa Dilma e o São Lula”. Desde que deposite  na novíssima geração, fruto da grande mídia, nem nisso acredite, são induzidos a preferi-los em vez de se conscientizar no sentido de desenvolver o país, ou então numa geração que tenha a vir” mesmo que se “consagre” eternamente o nosso país da esperança.
Antônio Scarcela Jorge.

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