SCARCELA JORGE |
SCARCELA JORGE
TORNA-SE À INVIÁVEL A REFORMA POLÍTICA.
Nobres:
Os fatos mais
recentes evidenciam que o nosso sistema político encontra-se bastante
prejudicado no tocante à representatividade dos eleitos em relação aos
eleitores. Quanto mais pobre a região, Estado, Município, mais isso se confirma.
Houve certa migração de modelo, do antigo coronel, para o Chefe político alçado
a essa condição a partir da capacidade de influenciar, seduzir etc., prefeitos,
vereadores, líderes comunitários, presidentes de associações e outras
lideranças menores, lastreado em motivações pecuniárias (usualmente de fonte
ilícita), repetindo-se o mesmo modelo nas eleições locais. De qualquer modo,
sem mudança no modelo, a representatividade, a decorrente legitimidade dos
representados continuará paulatinamente a definhar até que o sistema se rompa.
Tal fato põe em risco o próprio desenho da “democracia formal brasileira”. Urge
mudar, isso é pacífico. Há, entretanto, um enorme entrave: essa reforma, que
implicaria em: 1. Restrição ao financiamento privado; 2. Maior controle sobre
as prestações de contas, com sanções mais rigorosas aos seus fraudadores; 3.
Financiamento público efetivo e isonômico do sistema eleitoral (cujos valores
seriam muito menores, apesar de expressivos, que “os financiamentos espúrios
com dinheiro público” através de empreiteiras intermediárias); 4.Extinção dos
Partidos nanicos, verdadeiras barrigas de aluguel”, com a criação de “cláusulas
de barreira” (erroneamente vedadas pelo STF no passado, entretanto seria mais
fácil não haver eleições, debelar com a corrupção, ‘isto é utopia! E deixar por
uma feliz idéia a referida cláusula” escolher o racional. Ora, ora, se faz um
pleito eleitoral com a má intenção de “corroborar” dentro de uma cadeia (não
confundir como se fosse presídio) de todos os elementos, sem exceção, de
segmentos em segmentos. Ainda sobre a Reforma, nada disso é novidade. Novidade
seria a sociedade pressionar os congressistas (majoritariamente beneficiários
do sistema) a aprovar tal mudança. Tal é difícil, muito difícil... talvez um
sonho. Mas para viver nesse país, é necessário sonhar : acreditar em “Saci-Pererê,
comadre fulozinha, mula sem cabeça... a Santa Dilma e o São Lula”. Desde que
deposite na novíssima geração, fruto da
grande mídia, nem nisso acredite, são induzidos a preferi-los em vez de se
conscientizar no sentido de desenvolver o país, ou então numa geração que tenha
a vir” mesmo que se “consagre” eternamente o nosso país da esperança.
Antônio Scarcela Jorge.
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