SCARCELA JORGE
ESQUERDISTAS “SANTINHOS” E
CORRUPTOS CHAMAM DE CONSERVADORES A QUEM PRESERVA A ÉTICA.
Nobres:
É “patética” vê a
nação anarquista e corrupta que ascendeu o poder nestes últimos treze anos
depreciar pessoas tidas por eles, são retroagias e conservadoras que em síntese
se tornam em um só “ditado”. Tendo por base contextual, é que o conservadorismo
tornou-se uma concepção política negligenciada na cultura brasileira do século
20 e, depois, ridicularizada neste início de século 21. A ignorância, portanto,
pauta quem pretende insultar, encontra eco no insultado e reverbera na sociedade
que lhes serve de platéia. Mas antes de apresentar uma definição do
conservadorismo, algo que os conservadores tentam evitar para não convertê-lo
em uma ideologia, será útil mostrar que tivemos no Brasil uma rica tradição
conservadora que ajudou a construir o país e a definir os rumos da nação dois
séculos atrás. Poderosa força intelectual e política durante a segunda metade
do século 19, o conservadorismo dividia com o liberalismo o protagonismo no
panorama político da nossa monarquia parlamentar constitucional. Tínhamos um
imperador, um Gabinete de Ministros (Poder Executivo), um Parlamento (Câmara de
Deputados e um Senado, que eram o Poder Legislativo), uma Constituição (de
1824) e eleições (mesmo que precárias). Quantas vezes você já leu ou ouviu o
termo “conservador” ser usado como ofensa? Os conservadores na época eram
conhecidos como “Saquaremas”, uma referência ao município fluminense onde
alguns conservadores reuniam-se regularmente. Eles eram influenciados pelos
distintos conservadorismos de países como Portugal, Inglaterra, França e
Espanha, mas criaram um conservadorismo genuinamente brasileiro. Isso mostra
que inexiste um conservadorismo universal. Cada conservadorismo está
profundamente vinculado ao seu país de origem, embora possa ter valores,
princípios e práticas comuns que são devidamente adaptados às culturas locais. O
nosso Partido Conservador aglutinava diferentes tendências conservadoras, mas
seus membros comungavam uma visão de país e de política profundamente
influenciada pela herança portuguesa e pelo catolicismo. “O Partido Conservador
soube, com dignidade e seriedade, defender os ideais do conservadorismo na
melhor acepção do vocábulo”. Quando os nossos conservadores importavam idéias e
práticas estrangeiras, o faziam adaptando-as ao legado português e católico, e
à realidade do país. Evitavam, assim, o equívoco comum de tentar enquadrar a
nossa realidade a um corpo de ideias abstratas e alienígenas. Sob gabinetes
conservadores, inclusive, foram operadas grandes mudanças sociais no Brasil,
como a abolição da escravatura. Apesar de não ser reacionário, o Partido
Conservador, segundo João Camilo, tinha “alas realmente hostis a qualquer forma
de progresso, ou então a transformações específicas, como por exemplo, a
Abolição, combatida, também, por alas declaradamente escravagistas de outros
partidos, como o Liberal, isto sem falar na famosa discrição dos republicanos a
respeito de um assunto cheio de ressonâncias desagradáveis”. Havia, portanto,
abolicionistas e escravocratas nos partidos Conservador, Liberal e Republicano.
Mas o que era, afinal, o conservadorismo brasileiro que tem página
histórica e quem desconhece e ou, não
tem conhecimento, seja trocado por um Lula qualquer!
Antônio Scarcela Jorge.
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