Agentes federais mostram as notas de dólar, euro e libra.
Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão no Recife e no Cabo.
Um dos mandados cumpridos pela Polícia Federal (PF) em
Pernambuco, como parte da nova etapa da Operação Lava Jato, resultou na
apreensão de uma grande quantidade de dinheiro em moeda estrangeira em uma
residência no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Ao todo, os policiais
recolheram 30 mil euros, 53.097 mil dólares e 13 mil libras esterlinas. Pelo
câmbio do dia, isso equivale a mais de R$ 330 mil.
O dinheiro, de acordo com a PF, estava na casa do empresário Marcos José
Roberto Moura Dubeux, um dos donos da construtora Moura Dubeux. Uma das três
equipes da PF esteve na residência dele.
Outro grupo inspecionou a residência do filho de
Marcos José, Marcos Roberto Bezerra de Melo Moura Dubeux, também em Boa Viagem.
Até o momento, no entanto, a PF não revelou o que foi encontrado na segunda
residência.
A PF cumpriu, ao todo, três mandados de busca e
apreensão em Pernambuco. Além da visita aos dois apartamentos de alto luxo em
Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, um terceiro foi cumprido na
empresa Cone S/A, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana.
A PF
também não revelou ainda o que encontrou na sede da empresa.
Na casa do empresário
Marcos José Dubeux também foi recolhido um computador portátil.
A Cone S/A, empresa de logística, é presidida por
Marcos Roberto.
Até bem pouco tempo atrás, de acordo com a assessoria de
comunicação da companhia, tinha participação acionária da Moura Dubeux.
De acordo com o superintende da PF em Pernambuco,
Marcelo Diniz Cordeiro, há a interligação de várias operações feitas em todo o
Brasil.
"Então, o que foi enviado a Brasília pode servir de prova para
outras investigações", explicou.
Resposta.
Em nota, a Cone S/A informou que, atualmente, a
companhia possui capital próprio e tem como investidor o Fundo de Investimento
do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS). A nota também foi enviada em
nome dos empresários e da Moura Dubeux.
A Cone esclarece que Marcos José Dubeux
não é sócio na empresa. Atua apenas na Moura Dubeux. Marcos Roberto Bezerra de
Melo Dubeux tem ligação apenas com a Cone. Ele é o presidente da empresa.
A empresa também informou que só vai se manifestar
quando tiver conhecimento de todo o conteúdo da denúncia. A companhia afirma
que está à disposição das autoridades e colaborando para que todas as questões
sejam esclarecidas o mais breve possível.
Operação.
A ação contou com 25 policiais federais, distribuídos
em três equipes.
Eles foram acompanhados
por três procuradores da República, que também atuaram nas buscas.
A nova fase,
a 31ª, foi batizada de Sepsis, que
significa uma infecção geral grave do organismo causado por germes.
Trata-se, segundo a PF em Pernambuco, de uma referência
aos casos de corrupção descobertos no Brasil.
Também ocorreram ações em São Paulo, Rio de Janeiro
e Brasília. Segundo o chefe de Comunicação Social da PF em Pernambuco, Giovani
Santoro, tudo que for apreendido no estado será encaminhado para Brasília.
"Posteriormente, nós acreditamos que vá para o
Paraná, onde vai passar por uma perícia técnica, que vai subsidiar as
investigações naquele estado", informou.
Fonte: G1 – PE.
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