Deputado Rodrigo Maia
(DEM-RJ) se elegeu presidente da Câmara.
Presidente em
exercício vai receber Maia no Planalto no início da tarde.
O
presidente em exercício Michel Temer comentou nesta quinta-feira (14) a eleição
da presidência da Câmara, na qual Rodrigo Maia (DEM-RJ) saiu vencedor, e disse
que o resultado significa que o Brasil está se "distensionando".
Ele derrotou
na disputa do segundo turno o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que recebeu 170
votos. Filho de César Maia, ex-prefeito do Rio, o novo presidente da Câmara vai
suceder no comando da Casa o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
renunciou ao posto no último dia 7.
"Interessante,
no último gesto, no último ato quando se deu o segundo turno, os dois
candidatos se abraçaram, revelando a distensão. Naquele momento, senti que o
Brasil está se distensionando", afirmou Temer.
Temer
deu a declaração nesta quinta após participar de uma cerimônia no Palácio do
Planalto na qual o governo anunciou que priorizará famílias que tiverem
crianças com microcefalia no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Ao
deixar o ato, ele foi questionado por jornalistas sobre a eleição de Rodrigo
Maia.
Em
seu pronunciamento, Temer disse que tem trabalhado com a tese de que o governo
"não é só o Executivo", e que devem ser considerados o Legislativo e
o Judiciário.
"Particularmente", ressaltou, é preciso que o Planalto
conte com o apoio "substancioso" do Congresso Nacional.
Os
candidatos eram praticamente todos da base, e foi uma disputa muito competente,
muito adequada e que teve um resultado que a Câmara dos Deputados desejou, com
a harmonia de todos", declarou.
Temer
declarou ainda ter acompanhado "com muito cuidado e interesse" a
eleição na Câmara e disse ter verificado "uma coisa curiosa" porque,
enquanto ele diz "pregar" a pacificação nacional e a harmonia entre
os poderes, os candidatos a presidente da Câmara também "pregaram a
harmonia interna".
Para
as 12h desta quinta, está marcada uma reunião entre Temer e Maia, no Palácio do
Planalto.
Embora
Rogério Rosso fosse apontado como o candidato "mais simpático" aos
interlocutores de Temer, assessores do governo já relatavam na tarde desta
quarta que havia crescido a possibilidade de Maia se eleger.
O deputado do Rio
também é aliado do Planalto.
Mesmo
com as negativas oficiais de que o governo não interferiu no processo de
eleição para o novo presidente da Câmara, o próprio ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, um dos principais conselheiros políticos de Temer, chegou a
admitir um dia antes da eleição que o Planalto estava "trabalhando"
para evitar que houvesse mais de um candidato da base na disputa, o que não foi
possível.
Fonte: G1 – DF.
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