Adido de negócios e encarregado de relações diplomáticas deve voltar.
Obama ampliou sanções contra autoridades venezuelanas nesta segunda.
A Venezuela convocou o seu
principal diplomata nos Estados Unidos para consultas, depois que Washington
declarou nesta segunda-feira (9) que o país sul-americano é um ameaça à
segurança nacional e ordenou sanções contra sete autoridades.
A chanceler venezuelana, Delcy
Rodriguez, disse no Twitter que o governo havia pedido que Maximilien Sánchez,
adido de negócios e encarregado de relações diplomáticas na embaixada da
Venezuela em Washington, viaje de volta ao país para consultas
"imediatas". As informações são da agência Reuters.
Nesta segunda, o presidente
americano, Barack
Obama, decretou novas sanções,
incluindo o congelamento de bens e a restrição de vistos, a sete autoridades
venezuelanas, acusadas por ele de violações dos direitos humanos.
"Estamos profundamente
preocupados pelos esforços do governo da Venezuela em aumentar a intimidação
contra seus opositores", informou a Casa Branca ao divulgar o decreto, de
acordo com a France Presse. As medidas
estão dirigidas contra sete funcionários policiais, militares e judiciais
vinculados, segundo Washington, à repressão das manifestações antigovernamentais
que deixaram 43 mortos em 2014, e à repressão dos líderes opositores. Os
envolvidos terão seus ativos nos Estados Unidos bloqueados e não poderão entrar
no país.
Em um passo que amplia sanções já
impostas desde dezembro contra a Venezuela, Obama autorizou o departamento do
Tesouro a tomar estas medidas também contra pessoas que "sejam
funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela".
Washington convocou o governo do
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a libertar os líderes políticos
Leopoldo López, Daniel Ceballos e Antonio Ledezma, afirmando que "os
problemas não se resolvem através da criminalização da dissidência".
Obama também emitiu um decreto
presidencial declarando a Venezuela uma ameaça à segurança nacional. Ele expressou preocupação sobre o
tratamento do governo venezuelano com opositores políticos.
"Autoridades venezuelanas do
passado e do presente que violam os direitos humanos de cidadãos venezuelanos e
se envolvem em atos de corrupção não são bem-vindos aqui, e agora nós temos as
ferramentas para bloquear seus bens e seu uso dos sistemas financeiros dos
EUA", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.
Fonte:
Agência Reuters.
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