quarta-feira, 18 de março de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

OPERAÇÃO CHUPETA.

Nobres:
Medidas anunciadas pela Presidente Dilma, nos fazem transparecer que seja mais uma ação publicitária e eloquente que promove insistentemente e a modo do seu governo. São evidentemente no foco paliativo no centro da crise e, que se percebe “o governo aposta no esquecimento do povo” que neste contexto: - “não é verdade” – Passado três dias dos protestos disseminados pelo país cobrando o fim da corrupção, a prisão de Renato Duque, o ex-diretor da Petrobras ligado ao PT, e a denúncia contra o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, juntamente com outras pessoas, ampliam ainda mais as pressões que acuam o governo. Em consequência, já se nota uma visível mudança de tom nas reações do Planalto. Ontem, a própria presidente Dilma Rousseff veio a público para dizer como o governo está recebendo as críticas e para anunciar providências efetivas no sentido de prevenir e combater o que até então vinha chamando de malfeitos, mas que agora trata pelo verdadeiro nome: “A corrupção não nasceu hoje, ela não só é uma senhora bastante idosa neste país, como ela também não poupa ninguém”, admitiu. Apesar da guinada para uma posição mais humilde, a presidente e os ministros que ela escalou para uma primeira resposta às manifestações ainda relutam em admitir os erros e a responsabilidade do governo pela situação crítica em que o país se encontra. Ainda falta, por parte da mandatária, um comentário mais específico sobre a roubalheira na Petrobras, intensificada no período em que o Partido dos Trabalhadores passou a comandar o país e, especialmente, quando ela era ministra e presidia o Conselho de Administração da estatal. Não precisa ser uma confissão, o que ela supõe equivocadamente ser a expectativa dos jornalistas. O que os brasileiros gostariam de ouvir dela é a admissão de que falhou na vigilância de seus subordinados e não percebeu que um esquema criminoso vinha dilapidando a maior empresa pública do país. No mínimo, deveria pedir desculpas à nação. Se o governo realmente quer diálogo com todos os setores da sociedade, seus porta-vozes têm que abandonar a posição defensiva e a obsessão por responsabilizar terceiros, assumindo compromissos efetivos com o combate à corrupção. Tem razão a presidente quando diz que o país precisa passar por uma profunda mudança cultural, porque a tolerância com pequenas infrações cria um ambiente de permissividade que acaba gerando o descalabro. Mas equivoca-se quando diz que a corrupção não poupa ninguém. Poupa, sim. Pessoas íntegras não se deixam envolver por esquemas delituosos sob o pretexto de que sempre foi assim ou de que todo mundo faz. Além disso, há outras medidas para prevenir a visita da perversa “senhora idosa” citada pela presidente: desaparelhamento político das instituições e das empresas públicas, aplicação de instrumentos de vigilância e controle na administração, punição rigorosa dos corruptos e transparência permanente dos governantes, sem a necessidade da pressão das ruas. M as este empenho nos parece não ser do modo desse governo.
Antônio Scarcela Jorge.

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