COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
OPERAÇÃO CHUPETA.
Nobres:
Medidas anunciadas pela
Presidente Dilma, nos fazem transparecer que seja mais uma ação publicitária e
eloquente que promove insistentemente e a modo do seu governo. São
evidentemente no foco paliativo no centro da crise e, que se percebe “o governo
aposta no esquecimento do povo” que neste contexto: - “não é verdade” – Passado
três dias dos protestos disseminados pelo país cobrando o fim da corrupção, a
prisão de Renato Duque, o ex-diretor da Petrobras ligado ao PT, e a denúncia
contra o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, juntamente com outras
pessoas, ampliam ainda mais as pressões que acuam o governo. Em consequência,
já se nota uma visível mudança de tom nas reações do Planalto. Ontem, a própria
presidente Dilma Rousseff veio a público para dizer como o governo está
recebendo as críticas e para anunciar providências efetivas no sentido de
prevenir e combater o que até então vinha chamando de malfeitos, mas que agora
trata pelo verdadeiro nome: “A corrupção não nasceu hoje, ela não só é uma
senhora bastante idosa neste país, como ela também não poupa ninguém”, admitiu.
Apesar da guinada para uma posição mais humilde, a presidente e os ministros
que ela escalou para uma primeira resposta às manifestações ainda relutam em
admitir os erros e a responsabilidade do governo pela situação crítica em que o
país se encontra. Ainda falta, por parte da mandatária, um comentário mais
específico sobre a roubalheira na Petrobras, intensificada no período em que o
Partido dos Trabalhadores passou a comandar o país e, especialmente, quando ela
era ministra e presidia o Conselho de Administração da estatal. Não precisa ser
uma confissão, o que ela supõe equivocadamente ser a expectativa dos
jornalistas. O que os brasileiros gostariam de ouvir dela é a admissão de que
falhou na vigilância de seus subordinados e não percebeu que um esquema
criminoso vinha dilapidando a maior empresa pública do país. No mínimo, deveria
pedir desculpas à nação. Se o governo realmente quer diálogo com todos os
setores da sociedade, seus porta-vozes têm que abandonar a posição defensiva e
a obsessão por responsabilizar terceiros, assumindo compromissos efetivos com o
combate à corrupção. Tem razão a presidente quando diz que o país precisa
passar por uma profunda mudança cultural, porque a tolerância com pequenas
infrações cria um ambiente de permissividade que acaba gerando o descalabro.
Mas equivoca-se quando diz que a corrupção não poupa ninguém. Poupa, sim.
Pessoas íntegras não se deixam envolver por esquemas delituosos sob o pretexto
de que sempre foi assim ou de que todo mundo faz. Além disso, há outras medidas
para prevenir a visita da perversa “senhora idosa” citada pela presidente:
desaparelhamento político das instituições e das empresas públicas, aplicação
de instrumentos de vigilância e controle na administração, punição rigorosa dos
corruptos e transparência permanente dos governantes, sem a necessidade da
pressão das ruas. M as este empenho nos parece não ser do modo desse governo.
Antônio Scarcela Jorge.
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