Polícia Federal apreendeu 131 obras de arte na casa do ex-diretor
O ex-diretor da Petrobras, Renato
de Souza Duque, voltou a ser preso nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. A
prisão integra a 10ª fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, também
batizada de “Que País é Esse?”, que investiga desvios de recursos na Petrobras.
Segundo informação do Estadão
Conteúdo, o ex-diretor deixou a sede da Polícia Federal na tarde desta
segunda-feira (16), rumo ao Aeroporto Internacional, onde embarcará para
Curitiba, no Paraná. O ex-diretor é acusado de ter movimentado 20 milhões de
euros no exterior. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações
da Operação, ressaltou que é “assustador” o fato de que o pagamento de propinas
para o ex-diretor continuou ocorrendo ainda no segundo semestre de 2014 - meses
depois da deflagração da investigação sobre o esquema de corrupção na estatal
petrolífera.
A PF cumpre 18 mandados desde às 6h de hoje no Rio de Janeiro e em
São Paulo, sendo três de prisão preventiva e outros três de prisão temporária,
além de 12 mandados de busca e apreensão. Os presos são investigados pelos
crimes de associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e
corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, em reportagem da Agência Brasil, os presos serão levados
para Curitiba e permanecerão custodiados na Superintendência da Polícia
Federal, à disposição da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Ainda de acordo com o Estadão
Conteúdo, a Polícia Federal apreendeu 131 obras de arte na residência de Duque.
A suspeita é que ele teria lavado dinheiro de propinas por meio de obras de
arte. No início da operação Lava Jato, a PF já havia recolhido obras de arte e
joias em poder do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação.
O juiz Sérgio Moro também
autorizou buscas nos endereços do engenheiro Adir Assad, apontado pela PF como
lobista e operador de propinas do esquema Delta, empreiteira associada ao
escândalo do contraventor Carlinhos Cachoeira. As prisões de Duque e Assad são
preventivas.
Fonte:
Agência Brasil.
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