Eduardo Leite cumprirá prisão domiciliar em SP
com tornozeleira eletrônica.
Ele é o 1º executivo a deixar prisão por acordo de delação premiada.
O vice-presidente da construtora
Camargo Corrêa, Eduardo Leite, deixou a carceragem da Polícia Federal em
Curitiba hoje, por volta das 12h. Ele cumprirá prisão domiciliar em São Paulo,
como parte do acordo de delação premiada, homologado hoje pela Justiça Federal
do Paraná.
Leite será monitorado com
tornozeleira eletrônica até a sentença. Ele foi o primeiro empreiteiro a deixar
a prisão porque delatou o esquema de corrupção na Petrobras.
Leite decidiu entregar o que sabe
e fechou o acordo de delação no fim de fevereiro. A homologação do acordo e os
depoimentos ainda estão sob sigilo. Ele passou mais de 4 meses preso e responde
a processo por corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de
documentos falsos. O Ministério Público estabeleceu multa de R$ 5 milhões para
Eduardo Leite.
Na delação premiada, Eduardo Leite falou de supostas doações ao
PT. Leite disse que, "por volta de 2010", foi apresentado a João
Vaccari Neto, tesoureiro nacional do partido, em um restaurante de São Paulo.
Depois, Vaccari o procurou e
marcou um jantar. Nesse encontro, segundo relatou, o tesoureiro do PT disse que
tinha conhecimento de que a Camargo Corrêa estava "atrasada" com seus
compromissos, isto é, pagamentos de vantagem indevida relacionados a contratos
da construtora com a Petrobras.
Segundo Eduardo Leite afirmou no
depoimento, Vaccari perguntou se não havia interesse em "liquidar esses
pagamentos mediante doações eleitorais oficiais". De acordo com o
executivo, o valor era certamente superior a R$ 10 milhões. Mas ele não
esclareceu no depoimento se as doações foram efetivamente realizadas.
Segundo o Ministério Público
Federal, Vaccari indicava para quais contas de diretórios do partido deveriam
ser feitas as doações.
Fonte: Agência O Globo.
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