O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou nesta
terça-feira (17) que a CPI da Petrobras ouça o ex-diretor de Serviços da
estatal Renato Duque na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na próxima
quinta-feira (19). O depoimento está marcado para 9h30 e não ocorrerá na Câmara
devido a norma interna que proíbe a oitiva de presos nas dependências da Casa.
"Determino a apresentação de
Renato de Souza Duque, mediante escolta da Polícia Federal, no dia 19/03/2015,
às 9h30min, para ser ouvido perante a Comissão Parlamentar de Inquérito Petrobrás",
afirma Moro na decisão.



Devido à prisão de Duque, a CPI
precisou enviar ofício ao juiz Sérgio Moro pedindo autorização para que ele
fosse a Brasília depor. Preso no Rio, Duque está detido na Superintendência da
PF no Paraná.
Uma decisão interna da Câmara,
porém, proíbe a oitiva de presos nas dependências da Casa. Por conta disso, a
comissão pediu que ele deponha na PF em Brasília.
A regra que proíbe o depoimento
de presos dentro da Câmara foi implantada em 2006, após o funcionamento da CPI
do Tráfico de Armas. Nessa época, traficantes considerados perigosos, como o
chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, chegaram
a ser ouvidos pelos deputados na Casa.
No entanto, diante do risco à
integridade física dos parlamentares e servidores e do custo alto de traslado e
custódia dos presos, a direção da Câmara decidiu vetar o depoimento deles no
local.
Razões para prisão.
No despacho que determinou a
prisão de Duque nesta segunda, Sérgio Moro informou que o Ministério Público
descobriu que Duque continuou lavando dinheiro mesmo depois da deflagração da
Operação Lava Jato, em março do ano passado.
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