Apesar da resistência pessoal da presidente Dilma Rousseff, que soltou
nota oficial garantindo a permanência de Aloizio Mercadante na chefia da Casa
Civil, cresce no PT a pressão sobre a petista pela troca no comando da
articulação política do governo.
Mercadante e Rossetto estiveram
no Alvorada depois que Dilma e Lula tiveram uma conversa franca de forma
reservada. Segundo relatos, Lula teria feito críticas à coordenação política neste
momento de crise.
De forma reservada, o
ex-presidente tem dito que Mercadante já está inviabilizado e que tem
dificultado o diálogo do Planalto com o Congresso Nacional.
Para o lugar de Mercadante,
petistas próximos de Lula defendem o deslocamento do ministro da Defesa, Jaques
Wagner, para a Casa Civil. Para o lugar de Pepe Vargas (Relações
Institucionais) ganha força entre os próprios petistas o nome do ex-presidente
da Câmara Henrique Alves, que é cotado para assumir a pasta do Turismo.
Com isso, Dilma agradaria ao PMDB
duplamente, por colocar um aliado de Eduardo Cunha na articulação política do
Planalto, ao mesmo tempo em que manteria Vinicius Lages, afilhado político de
Renan Calheiros, no Ministério do Turismo.
No último domingo (8), Jaques
Wagner já abriu um canal de diálogo com Renan Calheiros em uma conversa
reservada na residência oficial. O episódio explicitou o isolamento de
Mercadante, que tem interlocução restrita com os principais atores do Congresso
Nacional.
Outro nome cogitado para a coordenação
política, desta vez pelo PMDB, é o do ministro da Aviação Civil, Eliseu
Padilha. Os peemedebistas querem sua transferência para a pasta das Relações
Institucionais.
Fonte: Agência O Globo.
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