O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, rebateu nesta sexta-feira (13) críticas feitas por parlamentares
na CPI da Petrobras, que taxaram sua atuação como política, pretendem
convocá-lo para depor na comissão e ainda querem quebrar seu sigilo telefônico,
transformando investigador em investigado. Num evento com os chefes dos
ministérios públicos dos estados, o procurador lembrou de uma carta que enviou
aos colegas de profissão no último dia 4, quando disse não ser necessário ter
"dons premonitórios" para saber que ataques à instituição e contra
sua pessoa seriam proferidos após a derrubada do sigilo dos inquéritos da Lava
Jato.
"De fato, não seriam
necessários dons premonitórios. A história ensina algo sobre o presente",
disse. "De toda forma, causa espécie que vozes do Parlamento,
aproveitando-se de uma CPI instaurada para investigar o maior esquema de
corrupção já revelado no País, tenham-se atirado contra a instituição que
começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade", acrescentou. Janot
ainda comentou que graças aos esforços do Ministério Público o esquema de
corrupção foi exposto ao país, e que será também pela atuação da instituição
que "os verdadeiros culpados irão responder judicialmente e sofrerão as
penas cabíveis".
As declarações foram dadas num
evento em que Janot falou para os procuradores sobre um conjunto de medidas que
pretende lançar para combater a corrupção e ampliar a recuperação de ativos.
Para isso, conclamou a união e apoio de todos os procuradores do país. Por fim,
disse acreditar que os cidadãos, pagadores de impostos, saberão distinguir quem
está do lado do bem e do mal quando avaliarem os casos de corrupção que correm
nos tribunais do país.
"Que os cidadãos que pagam impostos e que cumprem
com seus deveres cívicos saberão, nessa hora sombria e turva da nossa história,
distinguir entre o bem e mal; entre a decência e a vilania; entre aqueles que
lutam por um futuro para o país e aqueles que sabotam nosso sentimento de
nação."
Fonte:
Folhapress.
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