Dinheiro estava em contas na Suíça e transferência foi autorizada por
Pedro Barusco em acordo de delação premiada.
O Ministério Público Federal
informou nesta quarta feira (11), que já repatriou R$$ 139 milhões da Suíça,
dinheiro que estava depositado em contas de Pedro Barusco, o ex-gerente de
Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobras.
As transferências foram
autorizadas espontaneamente pelo próprio Barusco, dentro do acordo de delação
premiada que ele firmou com a força tarefa da Operação Lava Jato. Barusco era o
braço direito do ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, indicado pelo
PT para o cargo e alvo da investigação por suspeita de corrupção passiva,
formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele amealhou US$$ 97
milhões em propinas, segundo ele próprio admitiu em depoimento à Polícia
Federal e à Procuradoria. Ele abriu mão da fortuna e concordou em comunicar as
instituições financeiras na Suíça sua disposição em repatriar os valores.
Se a repatriação seguisse os
trâmites tradicionais, via cooperação jurídica internacional, o procedimento
poderia se arrastar por anos. Os quase R$$ 140 milhões já trazidos pelo
Ministério Público Federal para o Brasil foram depositados na conta judicial da
13.ª Vara Criminal Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato.
A advogada criminalista Beatriz
Catta Preta, que defende Pedro Barusco, informou que os bancos suíços estão
promovendo as transferências a pedido do próprio ex-gerente da Petrobrás. “Não
temos ainda o valor exato, mas vamos fazer um levantamento sobre qual o
montante já repatriado”, informou Catta Preta.
Fonte: Agência Brasil.
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