Laboratório Labogen foi apontado como empresa usada para lavar dinheiro.
Companhia chegou a fazer contrato com o Ministério da Saúde.


As investigações apontaram
indícios de que o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) ajudou
Youssef a fechar a parceria junto ao ministério. O caso fez com que Vargas
terminasse expulso do Partido dos Trabalhadores (PT) e também à cassação do mandato
dele, que ocorreu em dezembro de 2014.

Cooperação.
O jornal "O Globo" teve
acesso ao documento sobre o acordo, desfeito após a Operação Lava Jato da Polícia
Federal revelar que o Labogen era uma empresa de fachada. Segundo matéria do
veículo publicada nesta sexta, Padilha assinou o documento em 11 de dezembro de
2013 como testemunha.
O termo de compromisso da
Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Labogen reunia o
Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM), a indústria farmacêutica EMS e,
segundo O Globo, foi assinado sem levar em consideração alertas de setores
técnicos do próprio Ministério da Saúde. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
ministério, Carlos Augusto Gadelha, e o capitão da LFM Almir Diniz de Paula
também assinam o documento.
Padilha
afirmou que o termo foi assinado porque passou por uma “avaliação técnica
criteriosa” de diversos órgãos do governo. "O
termo só foi recebido pelo ministério depois de profunda avaliação técnica que
passa por vários órgãos, não só o Ministério da Saúde. A própria área técnica
avaliou que valia a pena fechar esse termo, ou seja, recebê-lo”, disse em
coletiva na Agrishow, feira de tecnologia agrícola em Ribeirão
Preto (SP).
O ex-ministro explicou ainda que
o termo assinado é apenas uma das etapas anteriores à assinatura do contrato,
que firmaria, de fato, a compra do medicamento. "Mente quem diz que tem
contrato do Ministério da Saúde com esse laboratório privado Labogen, que tem
ou que teria", disse Padilha, destacando que existe uma série de análises
feitas antes de o contrato ser firmado.
"Entre receber o termo, até o
momento de fechar o contrato, onde você define o preço, onde você vê se o
laboratório da Marinha teria o registro do medicamento, se os laboratórios
privados têm condições de entregar o que de fato falavam naquele termo, se têm
condições de produzir, entregar matéria-prima, etc. Existe uma série de outros
filtros de avaliação que seriam feitos. Se não fosse feito isso, se os filtros
de avaliação não fossem cumpridos, não teria contrato com o laboratório da
Marinha”, afirmou.
Fonte: Agência O Globo.
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