DEVANEIOS
João Batista Pontes.
Sonho sim, e não tenho vergonha
de dizer, com o dia em que:
- O homem será capaz de tomar a iniciativa de criar uma empresa ou um empreendimento comercial, não com o propósito único de lucrar, de acumular e concentrar riqueza, para si ou para o seu grupo familiar, mas sim com o propósito de suprir as necessidades básicas, facilitando o acesso de todos a produtos que, de fato, lhes sejam essenciais;
- O homem terá coragem de
investir seus recursos e assumir a responsabilidade pelo gerenciamento de
empreendimentos produtivos, não com o desejo único de obter lucro a qualquer
preço, na busca frenética e desvairada de concentrar riqueza e poder, mas sim
com o objetivo de gerar oportunidades de renda para os seus semelhantes;
- O lucro ainda será preciso, mas perseguido unicamente para possibilitar a manutenção, os melhoramentos e as inovações necessárias à continuidade do empreendimento e não para concentração de riqueza;
- O Estado não seja obrigado a
garantir o mínimo existencial por meio de esmolas (bolsas, rendas mínimas etc),
mas que todos tenham a capacidade e a possibilidade de obter, por seus próprios
esforços, a renda que lhes permita viver com dignidade;
- A ampliação da produção se fará com respeito à sustentabilidade das fontes dos insumos, sem causar a degradação do meio em que vivemos, preservando a terra para morada das futuras gerações;
E sonho, ainda, que esta mudança se
fará sem guerra ou revolução, mas unicamente pela elevação da consciência dos
homens; pela compreensão de que o individualismo exacerbado é a causa de todas
as nossas aflições; pela certeza de que a felicidade, que todos buscamos,
jamais será alcançada pela exploração dos nossos iguais, pela acumulação de
riqueza ou pela uso desta unicamente para satisfazer os nossos desejos e
ambições.
Mas, aos materialistas eu digo.
Não se assuste, meu irmão,
O tempo de que vos falo
Só existe como visão..
O tempo de que vos falo
Só existe como visão..
Nós e as próximas gerações,
De tão longínquo que está,
Dele nem veremos clarões...
De tão longínquo que está,
Dele nem veremos clarões...
Antes, talvez, vamos
O mundo destruir,
Ou a vida nele inviabilizar...
O mundo destruir,
Ou a vida nele inviabilizar...
Sem sequer saber
Porquê mundo e vida existem...
Porquê mundo e vida existem...
Preciso é desse dia falar,
E que muitos nele
Se ponham a sonhar,
Para que mais cedo se realize...
E que muitos nele
Se ponham a sonhar,
Para que mais cedo se realize...
*João Batista Pontes – Geólogo – sociólogo –
escritor - matemático – bacharelando em direito.
Novarrussense
– residente em Brasília DF.
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