Brasília - Parlamentares
criticaram a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que a
presidente Dilma Rousseff nem sempre age da forma mais eficaz. O deputado Paulo
Teixeira (PT-SP) disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real
da Agência Estado, que a fala de Levy foi infeliz.
"Não é recomendado a um
subordinado esse grau de liberdade. Espera-se dele um discurso mais uníssono ao
da presidente", afirmou.

Do PT da Bahia, o deputado Afonso
Florence também questionou o que disse Levy. "(É) outra afirmação do
ministro que requer 'ajuste'. Ele (Levy) vai ajudar mais tornando 'efetiva' a
política econômica, ajudando a presidente a levar o País à retomada do
crescimento, do que falando novamente coisas desse tipo", avaliou.
O senador José Serra (PSDB),
ex-governador de São Paulo, afirmou que a declaração "corrói ainda mais a
credibilidade do governo". "O ministro está certo: como eu disse
várias vezes, para a presidente Dilma a menor distância entre dois pontos não é
uma linha reta. Seu governo transforma soluções em problemas e facilidades em
dificuldades", disse. "Mas, do ponto de vista político, a fala do
ministro é temerária: ironizar a presidente em público. Isso corrói ainda mais
a credibilidade do governo a que pertence", concluiu.
Já o deputado Carlos Zarattini
(PT-SP) minimizou o caso. Segundo ele, o destaque dado para a notícia visa
provocar uma "contradição" entre Levy e a presidente Dilma.
"Muitas vezes você quer acertar e tem dificuldades por vários motivos,
como o excesso de burocracia e o próprio Congresso", disse.

Fonte: AE.
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