JUIZ AUTORIZA TRANSFERÊNCIA DE PRESOS DA LAVA JATO PARA PENITENCIÁRIA.
Sérgio Moro acatou a pedido da PF sobre a
transferência de 12 presos.
Entre os presos estão Adir Assad, Renato Duque e Sérgio Mendes.
O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, autorizou a
transferência de 12 presos da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba
para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O pedido de transferência foi
feito na sexta-feira (20) pela PF, que disse que "já está ficando
inviável" a quantidade de presos na sede. A polícia também argumentou que
alguns presos não podem se comunicar entre si e fica difícil acomodá-los em
apenas seis celas.
De acordo com a PF, os presos
devem ser levados ao complexo em Pinhal, que é uma penitenciária de regime
fechado com finalidades médicas, entre terça (24) e quarta-feira (25).
- Adir Assad, empresário apontado como um dos operadores do esquema
de corrupção;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia;
- Fernando Antônio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix;
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de doleiro com a OAS;
- Mário Frederico Mendonça Góes, apontado como um dos operadores do esquema;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras;
- Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior.
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia;
- Fernando Antônio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix;
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de doleiro com a OAS;
- Mário Frederico Mendonça Góes, apontado como um dos operadores do esquema;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras;
- Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior.
O juiz federal Sérgio Moro diz,
em despacho publicado às 11h25 desta segunda (23), "que não há que se
presumir que os presos da Operação Lava Jato no sistema prisional estadual
serão vítimas de alguma violência por parte de outros detentos. Entretanto,
forçoso admitir que, pela notoriedade da investigação, há algum risco nesse
sentido, o que justifica colocá-los, por cautela, em ala mais reservada".
“O local apresentado ao juízo
para acomodar os presos no sistema prisional estadual parece adequado, talvez
até com melhores condições do que as da carceragem da PF”.
Sérgio Moro, juiz federal.
"Não ouvi as Defesas antes
das decisões, pois rigorosamente não há um direito de ser recolhido à prisão no
local de preferência do preso", completa Moro. O juiz ressalta ainda que
"o local apresentado ao juízo para acomodar os presos no sistema prisional
estadual parece adequado, talvez até com melhores condições do que as da
carceragem da PF".
Outros réus.
No despacho, Moro também diz que
não autorizou a transferência de Nestor Cerveró, ex-diretor da área
Internacional da Petrobras. Segundo o juiz, o réu já estaria recebendo assistência
psicológica na carceragem da Polícia
Federal. O pedido do tratamento foi feito pela defesa de Cerveró no início de
fevereiro, após o ex-diretor passar mal na sede da PF.
Outro que teve o pedido de
transferência negado foi o presidente da construtora UTC, Ricardo Ribeiro
Pessoa, por solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
Além dos dois, permanecem na sede
da PF: o doleiro Alberto Youssef, os executivos da Camargo Corrêa Dalton dos
Santos Avancini e Eduardo Leite, além das doleiras Nelma
Kodama e Iara Galdino, já condenadas em uma das
primeiras ações oriundas da Lava Jato.
Transferência para o DF.
No domingo (22), a defesa do
vice-presidente da empreiteira Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, protocolou
na Justiça Federal do Paraná um pedido para que Mendes fosse transferido para o
presídio da Papuda, em Brasília.
Contudo, Sérgio Moro negou o
pedido da defesa. O magistrado alegou que a presença de Cunha Mendes em
Curitiba "ainda se mostra necessária".
Presos soltos.
Na última sexta-feira (20), três
suspeitos presos na 10ª fase da operação, deflagrada na segunda-feira (16),
foram soltos, porque as prisões temporárias
venceram. São eles: Sônia Mariza Branco, Dario Teixeira Alves e Lucélio Góes.
Conforme a polícia, Mário Góes, o
pai de Lucélio, era um dos operadores do esquema de corrupção e atuava por meio
da empresa catarinense Arxo. Ele está detido desde fevereiro deste ano.
Sônia Marisa Branco e Dario
Teixeira Alves eram, segundo a investigação, "laranjas" do esquema,
ligadas ao operador Adir Assad.
Fonte: Agência O Globo.
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