segunda-feira, 23 de março de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

ROUBALHEIRA LEGITIMADA.

Nobres:
O Brasil corrupto admitido informalmente pela Presidente da República que trás um ar de arrogância, prepotência que se esteia um condutor de mentiras entre o espaço real de utopia, roga o estímulo da base corrupta agregada a seu governo. Dentre este contexto refere-se a “publicação” do depoimento do principal suspeito da Operação Lava-Jato, o ex-diretor da Petrobras e propineiro confesso Paulo Roberto Costa, desvenda a hipocrisia até mesmo das doações eleitorais oficiais, admitidas pela Justiça Eleitoral. O ex-dirigente foi claro ao resumir como ocorrem as negociatas entre os setores público e privado. “Esse negócio de contribuição oficial não existe. É balela. Nenhuma empresa vai doar milhões porque gosta de Fulano de Tal. Todas as doações, oficiais ou não, são empréstimos. A empresa está emprestando pro cara e vai cobrar dele depois.” O setor privado também tem essa consciência, como confessou em juízo o sócio-diretor da Engevix Gerson de Mello Almada, réu no mesmo caso e preso desde novembro: “A gente andava numa rodovia chamada Petrobras, em que você precisava ficar pagando pedágio”. Pedágio, no caso, é o valor desembolsado por fornecedores para bancar campanhas eleitorais e, com isso, garantir os melhores contratos. Tão grave quanto a naturalidade como a corrupção é vista entre esses agentes é o fato de que muitas dessas doações, como está comprovando a investigação do Ministério Público, são resultantes de contratos superfaturados. E isso com a anuência tanto de servidores de carreira quanto de integrantes de partidos políticos que, nos últimos anos, partilham em benefício próprio o comando de áreas-chave da estatal. A cadeia de corrupção (não confundir com cadeia/presídio - esta, não existe de fato para as excelências magnificamente corruptas) só funciona porque há gente desonesta em todas as etapas, dentro e fora do governo. Mas não há dúvida de que o financiamento de campanhas eleitorais é o ponto chave que deveria ser regrado, mas, executivo e legislativo efetivamente pondera por razões que todo brasileiro racional é de saber conhecimento.

Antônio Scarcela Jorge.

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