COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
ROUBALHEIRA LEGITIMADA.
Nobres:
O Brasil corrupto admitido
informalmente pela Presidente da República que trás um ar de arrogância,
prepotência que se esteia um condutor de mentiras entre o espaço real de
utopia, roga o estímulo da base corrupta agregada a seu governo. Dentre este
contexto refere-se a “publicação” do depoimento do principal suspeito da Operação
Lava-Jato, o ex-diretor da Petrobras e propineiro confesso Paulo Roberto Costa,
desvenda a hipocrisia até mesmo das doações eleitorais oficiais, admitidas pela
Justiça Eleitoral. O ex-dirigente foi claro ao resumir como ocorrem as
negociatas entre os setores público e privado. “Esse negócio de contribuição
oficial não existe. É balela. Nenhuma empresa vai doar milhões porque gosta de
Fulano de Tal. Todas as doações, oficiais ou não, são empréstimos. A empresa
está emprestando pro cara e vai cobrar dele depois.” O setor privado também tem
essa consciência, como confessou em juízo o sócio-diretor da Engevix Gerson de
Mello Almada, réu no mesmo caso e preso desde novembro: “A gente andava numa
rodovia chamada Petrobras, em que você precisava ficar pagando pedágio”.
Pedágio, no caso, é o valor desembolsado por fornecedores para bancar campanhas
eleitorais e, com isso, garantir os melhores contratos. Tão grave quanto a
naturalidade como a corrupção é vista entre esses agentes é o fato de que
muitas dessas doações, como está comprovando a investigação do Ministério
Público, são resultantes de contratos superfaturados. E isso com a anuência
tanto de servidores de carreira quanto de integrantes de partidos políticos
que, nos últimos anos, partilham em benefício próprio o comando de áreas-chave
da estatal. A cadeia de corrupção (não confundir com cadeia/presídio - esta,
não existe de fato para as excelências magnificamente corruptas) só funciona
porque há gente desonesta em todas as etapas, dentro e fora do governo. Mas não
há dúvida de que o financiamento de campanhas eleitorais é o ponto chave que
deveria ser regrado, mas, executivo e legislativo efetivamente pondera por
razões que todo brasileiro racional é de saber conhecimento.
Antônio Scarcela Jorge.
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