Os escândalos envolvendo o PT se sucedem em progressão diária, como uma
telenovela. E o capítulo final ainda parece distante.
O pior
momento de Dilma Rousseff em seus quatro anos e quase três meses no Planalto
coincide com o pior momento do Partido dos Trabalhadores desde que a sigla
assumiu o governo, em 2003. No domingo, 15 de março, data em que os brasileiros
comemoravam 30 anos de regime democrático, 2,3 milhões de cidadãos foram às
ruas para protestar – democraticamente e pacificamente – contra o governo
Dilma.
A semana começou ruim para a presidente, cuja taxa de aprovação
despencou ao nível mais baixo, 13%, segundo o Instituto Datafolha. E, com o passar dos dias, ficou
ainda pior para seu partido, o PT. Na segunda-feira (16), Renato Duque, ex-diretor da Petrobras envolvido no petrolão, foi preso. Segundo as investigações, ele comandava o pedaço da estatal
encarregado de desviar dinheiro para o PT. Na terça-feira, as investigações da
Operação Lava Jato mostraram que o petista José Dirceu havia recebido dinheiro
de um dos empresários envolvidos com o petrolão. Na quarta-feira, o ministro
Cid Gomes, do Pros, ofendeu deputados na Câmara e foi demitido pela presidente Dilma Rousseff. O episódio evidenciou a inabilidade do ministro Aloizio Mercadante, que teve a ideia de turbinar Cid e
incentivar o ministro Gilberto Kassab a criar um novo partido, para esvaziar a
influência do PMDB no governo. Os escândalos envolvendo o PT se sucedem em
progressão diária, como os capítulos de uma telenovela. A má notícia para o PT
– e para os 203 milhões de brasileiros governados pelo partido – é que o
capítulo final ainda parece distante.
Fonte: Redação Época.
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