quinta-feira, 26 de março de 2015

CASTRISMO

 DITADURA CASTRISTA.

Francisco Artur Pinheiro Alves.

A democracia é a maior conquista humana em termos de organização política. Devemos lutar pela democracia em todas as esferas. Os países que optaram por esta forma de governo têm suas fragilidades, equívocos e até injustiças sociais e econômicas, mas estão no caminho certo, pois estão permitindo a seu povo liberdade de expressão, de organização e de política.

A revolução cubana, deflagrada no fim dos anos 50, combatia a ditadura de Fulgêncio Batista, mas ao se instalar optou pela mesma forma de governo, a ditadura com partido único. Negou ao seu povo a liberdade de expressão, o surgimento de novos partidos e o direito de escolha de seus governantes, notadamente de seu presidente. E quando o seu ditador deu sinais de fragilidade física, passou o poder para seu irmão, um general do exército. No Brasil tivemos, também, no mesmo período, uma ditadura de generais que usurpou o poder de um presidente eleito. A sociedade brasileira lutou até reconquistar a democracia. Muitos defensores da ditadura no Brasil afirmam que houve avanços sociais em Cuba, na saúde e na educação: a prova é que a ilha está exportando médicos, inclusive para o Brasil. Mas que tipo de educação é essa que não permite a liberdade? A educação deve ter como princípio a prática da liberdade, dizia Paulo Freire. Que adianta ter acesso à alimentação, saúde, educação, mas não ter o direito de escolher o seu presidente, ou organizar um partido político. Se lutamos pelas liberdades individuais e política, pelo fim da ditadura militar, como defender uma ditadura familiar que se perpetua no poder por mais de 50 anos? É no mínimo uma contradição.

*Francisco Artur Pinheiro Alves.
Professor de História da Uece.


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