terça-feira, 31 de março de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

COERÊNCIA NA EDUCAÇÃO.

Nobres:
Ao nomear um professor com histórico reconhecido para comandar o Ministério da Educação, a presidente Dilma Rousseff finalmente rompeu o esquema de dependência e submissão aos partidos políticos que apoiam o governo no Congresso. O filósofo Renato Janine Ribeiro, ao contrário de seu antecessor, o ex-governador do nosso Estado Cid Gomes, do Partido Republicano da Ordem Social, (uma espécie de legenda de aluguel) não está na cota de nenhuma das agremiações partidárias da base governista e obviamente notório o vínculo com o petismo. Porém, considerando-se o currículo do novo ministro, é uma bem-vinda escolha técnica, que motiva a área educacional e abre espaço para o diálogo num setor essencial para o desenvolvimento do país. Por esta razão convenhamos que os desafios da educação sejam grandiosos. Para transformar o Brasil na “pátria educadora” prometida pela presidente, (mais um feito publicitário do seu desastrado governo) o ministro Renato Janine Ribeiro, terá que enfrentar problemas crônicos num momento de aperto orçamentário. O primeiro desafio é, sem dúvida, adotar medidas urgentes para qualificar o ensino básico para que o país deixe de produzir analfabetos funcionais e encaminhe sua juventude para uma vida mais produtiva e mais próspera. Nesse sentido, 2015 será um ano emblemático, pois é ano de Prova Brasil para estudantes de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. Mais uma vez, portanto, o Ministério da Educação terá em mãos uma avaliação ampla da aprendizagem dos alunos brasileiros, especialmente em relação à leitura, à escrita e às operações básicas de matemática. Também é dever do ministro recém-nomeado tirar o Plano Nacional de Educação do papel e colocar em prática estratégias destinadas a ampliar o atendimento para crianças de até três anos e a oferecer educação em tempo integral para estudantes da rede pública, com o correspondente investimento na formação de profissionais para acompanhar o salto de patamar. E tudo isso sem deixar de lado programas voltados para o ensino técnico e superior, dos quais dependem milhares de jovens brasileiros para se desenvolver profissionalmente. Ainda que não domine todas as áreas da educação que clamam por soluções urgentes, o ministro Renato Janine Ribeiro assume o  cargo com uma credencial promissora: seu compromisso com o diálogo. Os brasileiros que reconhecem a educação como instrumento essencial ao desenvolvimento certamente torcerão por ele. Esperamos que o governo tenha condições práticas no sentido de minimizar os graves desafios da educação no País onde uma pasta essencialmente técnica é por deveras fundamental onde de princípio, um “politiqueiro” não poderia resolver a equação normativa daquele ministério.
Antônio Scarcela Jorge.

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