A crise política forçou a
presidente Dilma Rousseff a reforçar a articulação com os dirigentes dos
partidos aliados e as lideranças na Câmara Federal e no Senado. As mudanças
acontecem após sucessivas conversas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva que a aconselhou a manter mais diálogo com o Congresso Nacional.
Quatro nomes – Gilberto Kassab (Cidades), do PSD, Aldo Rebelo (Ciência,
Tecnologia e Inovação), do PCdoB, e Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação
Civil), ganham peso nessa nova fase de articulação. Outro ministro – Cid Gomes,
da Educação, ficou fora.
Cid começou bem no Ministério da
Educação, foi chamado a participar das articulações políticas na disputa pela
Presidência da Câmara Federal, mas enfrenta desgastes após as declarações de
que, entre 513 deputados federais, muitos são achacadores – um tipo de
parlamentar que aposta no desgaste do Governo para arrancar benefícios e
benesses. Cid era esperado na Câmara Federal, nessa quarta-feira, para
esclarecer as declarações, mas, com problemas de saúde, a audiência foi adiada
e poderá acontecer na próxima quarta-feira da próxima semana.
Com o novo modelo de articulação
política, a presidente Dilma Rousseff tentará, a partir desta quinta-feira,
gerar mais esperanças e confiança entre os aliados que serão chamados para
reuniões. De acordo com Dilma, a periodicidade dessas reuniões é flexível e
pode ser semanal ou um pouco mais frequente, e que não ocorreram em 2014 por
ter sido um ano eleitoral. “Ele [esse processo] sempre ocorreu e se
institucionalizou”, disse Dilma, explicando que a cada semana um novo ministro
pode ser chamado eventualmente. Atualmente, as reuniões são feitas com
ministros petistas.
“Não há nenhuma modificação na
coordenação política, a não ser o seguinte: nós vamos aumentar o número de
pessoas e de partidos, obviamente. E vamos fazer um rodízio sistematicamente
trazendo ministros novos para o debate. Vamos colocar na coordenação os
ministros Kassab, Aldo Rebelo, Padilha. Vamos chamar eventualmente ministros para
participar da discussão quando, principalmente, o assunto for correlato a ele”,
declarou.
Dilma disse ainda que não há
“nenhuma medida de modificação” sendo planejada na coordenação política do
governo além das “já previstas”, como a da presença de ministros de outros
partidos nas reuniões de coordenação política.
Fonte: Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário