A moeda norte-americana subiu 2,39%, a R$ 3,1297.
Na semana passada, o dólar subiu 7,02%, maior alta desde 2008.
Na semana passada, o dólar subiu 7,02%, maior alta desde 2008.
O dólar iniciou a semana operando
em alta e fechou acima dos R$ 3,12 nesta segunda-feira (9), após
encerrar cotado a mais de R$ 3 na sexta-feira (6). A moeda terminou
o dia em alta pela 6ª vez seguida.
Investidores reagiram com
preocupações diante da resistência à presidente Dilma Rousseff e o escândalo
em torno da Petrobras, que podem gerar ainda mais obstáculos para o ajuste fiscal promovido
pela equipe econômica.
A moeda norte-americana subiu
2,39%, a R$ 3,1297. Veja
cotação. Este é o maior valor desde 22
de junho de 2004, quando o dólar fechou a R$ 3,1341, segundo dados do Banco
Central. Na máxima do dia nesta segunda, o dólar atingiu R$ 3,1331, segundo a
Reuters. No ano, o dólar acumula alta de 17,72%.
"Não tem nenhum vendedor (de
dólares) no mercado. Quem vir motivos pontuais para explicar essa alta está
chutando, a verdade é que há um pânico generalizado", disse à Reuters o
operador de um importante banco nacional.
'Panelaço'
No domingo, durante a transmissão pela TV de discurso em que defendeu que o ajuste econômico vai durar o tempo que for necessário, Dilma foi vaiada em diversas cidades, enquanto pedia união e paciência.
As manifestações "deixam
evidente o forte nível de desaprovação pelo qual a atual gestão vem
passando", escreveu em nota a clientes o operador da corretora Correparti
Ricardo Gomes da Silva Filho, segundo a Reuters.
Ele lembrou ainda a divulgação da lista de
investigação de dezenas de parlamentares devido
ao caso de corrupção da Petrobras, "potencializando ainda mais a falta de
credibilidade de nossas lideranças".
As medidas de reequilíbrio das
contas públicas vinham servindo como um alento para investidores em meio à
perspectiva de contração econômica e inflação de mais de 7% neste ano.
Nas últimas semanas, contudo, as
dificuldades que o governo tem enfrentado para implementar essas ações mudaram
o cenário, levando investidores a evitar ativos brasileiros e impulsionando o
dólar aos maiores níveis em mais de dez anos.
O movimento também reforçou a
incerteza sobre o futuro das intervenções diárias do Banco Central no câmbio,
marcadas para durar pelo menos até o fim de março.
À tarde, a agência de
classificação de risco Moody's disse que a
investigação de corrupção na Petrobras vai afetar de forma negativa partes dos
setores públicos e privados brasileiro. A
agência informou também que o "suporte do governo para a empresa
provavelmente ajudará a conter o impacto negativo ao crédito".
O dólar subiu 7,02% na semana
passada. Segundo a Reuters, esta foi a maior alta semanal desde 2008.
Intervenção do Banco Central.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta
total de até 2 mil swaps pelas rações diárias, todos com vencimento em 1º de
dezembro de 2015 e equivalentes a US$ 98,3 milhões. Também foram ofertados
contratos para 1º de março de 2016, mas nenhum foi vendido.
O BC também vendeu a oferta total
no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram
rolados cerca de 20% do lote total, que corresponde a US$ 9,964 bilhões.
Fonte:
Agência Reuters.
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