COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
DIFÍCIL PROGNOSTICAR.
Nobres:
No cotidiano brasileiro, se ajustam sinais
cada vez mais preocupantes de aumento de um sectarismo que só contribui para
acirrar ainda mais as tensões em diferentes pontos do país. Nos atos de apoio à
Petrobras, defensores do governo federal e do impeachment da presidente Dilma
Rousseff partiram para o confronto. Na realidade, ações extremistas trazem
prejuízos para o País. Os próprios transportadores de carga reforçaram esse
ânimo beligerante ao ignorarem seus próprios líderes, insistindo na paralisação
das atividades, e até a lei, ao constranger colegas e resistir à operação de
desbloqueio das rodovias. O ânimo beligerante tende a se acirrar a partir desta
semana, devido a uma série de protestos, com motivações diversas, programados
por centrais sindicais. A bem da verdade, surgem focos de insatisfação em quase
todas as camadas da sociedade brasileira em função de uma série de medidas,
questionáveis por excelência, cujo “matiz” é originário da teimosia do governo
em negar para o povo e ainda exerce o protecionismo do governo para criminosos
corruptos. As manifestações antecedem a prevista em defesa de um pedido de
impeachment, no momento em que as atenções deveriam estar concentradas no que o
Planalto precisa fazer, com o aval do Congresso, para contornar as dificuldades
econômicas legadas pelo mau gerenciamento político-administrativo e ainda
“desvincular” dos elementos alinhados do poder que diariamente, roubam e no
pretérito defraudaram nos governos anteriores. Presentemente as insatisfações
crescentes são indícios claros de que o país pode descambar para a desordem -
(ou já está) - se governo e setores representativos da sociedade não buscarem
soluções civilizadas para as demandas nacionais. As saídas são as que a
democracia oferece diante de um impasse dessas dimensões: - a valorização do
diálogo e das instituições, para que o país se livre de corruptos e corruptores
e possa retomar o crescimento num cenário de estabilidade econômica.
Antônio Scarcela Jorge.
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