COMENTÁRIO.
Scarcela
Jorge.
CONTINENTE - AFEIÇÃO IDEÓLOGICA.
Nobres:
Quando se percebe o ódio estampado da
Presidente Dilma, quando se reporta sobre aquilo que ela chama de
“ditadura Militar” certamente ex-guerrilheiro
estima o passado pelo extremismo ideológico dos anarquistas, fez o regime
endurecer, onde o conceito era até ceifar vidas em nome desses movimentos que
evidenciavam a America do Sul nos idos de 70. Hoje o continente experimenta a
conquista pelo poder – a bem da verdade – através da soberania popular que em
sua plenitude restabeleceu os princípios da plenitude democrática no continente
sul americano. Dentro deste contexto, debati com meus amigos, alguns, ardorosos
defensores do lulismo e direccionalmente convictos de Hugo Chávez, em função de
sua ideologia e seus métodos! Sempre e sempre, meus interlocutores elogiavam o
regime, exaltavam seu caráter democrático e popular, bem como o elevado sentido
humanista e social das políticas e dos alinhamentos políticos do chavismo. Qualquer
pessoa que tenha alguns neurônios conscientes de sua autonomia, isto é, que
sejam usados para o livre pensar, podia antever aonde aquilo iria levar. O
exemplo de todos os maus empresários, maus gestores e maus políticos, Chávez
fez o mesmo que a dupla Lula & Dilma e o mesmo que Eike Batista: gastou a
rodo. É a miséria do dinheiro fácil, proporcionado às mãos cheias, seja pelo
petróleo, seja pela arrecadação tributária, seja pelos financiamentos privilegiados.
Até que o dinheiro escasseia ou acaba. Com petróleo a US$ 110 o barril, Chávez
foi um fanfarrão. Distribuiu dinheiro aos pobres. Armou-se até os dentes para
um delirante conflito com os EUA. Adotou Cuba. Das próprias palavras alimentou
sua vaidade. Saciado, arrotava poder. A história mostra muitos exemplos de
tipos assim. Cada totalitarismo teve o seu Stalin, o seu Hitler, o seu
Mussolini, o seu Fidel. Não foi diferente com o socialismo bolivariano, que
outra coisa não é que o velho comunismo constrangido do próprio nome. Simón
Bolívar, o libertador venezuelano, tão abusado pelo chavismo! - tinha algumas
virtudes e muitos defeitos, mas ser comunista não era um deles. Com a mão
direita, o chavismo atendia urgências sociais segundo práticas paternalistas
(como ocorre aqui, e isso não é sinônimo de enfrentar a pobreza). Com a
esquerda, ia destruindo a economia. Estatizou tudo que lhe interessava. Tabelou
preços. Desestimulou os investimentos privados. Botou o exército nos
supermercados. O totalitarismo chegou aos poucos, com os ataques à liberdade de
imprensa, com a prisão de opositores e com as tropas na rua para reprimir
manifestações populares. Os resultados valem por um curso de Economia e Ciência
Política. Desabastecimento, agitação social, inflação a 63% (a mais alta do
planeta). No mês de dezembro passado, apenas 24% dos venezuelanos aprovavam o
governo. A pior notícia para nós, brasileiros, é a de que a Venezuela chavista,
tão louvada por meus interlocutores, como referi acima, tem, também, uma taxa
de homicídios crescente, duas vezes maior do que a nossa. Dá para piorar,
Brasil. O petróleo (alô Petrobras!) vale a metade do que já valeu. E nossos
governantes são, em tudo e por tudo, admiradores do que acabei de descrever. Há
poucos anos passados ninguém era capaz de prever a autenticidade vivenciada
pelos dias de hoje.
Antônio Scarcela Jorge.
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