sábado, 12 de abril de 2014

DADOS ESTATÍSTICOS

 SEGUNDO O IBGE.

NE tem a maior taxa de desocupação do País.

A Região Sul possui o menor resultado, com uma taxa de 3,8%. Na média nacional, o indicador foi de 6,2%.

Embora todas regiões brasileiras tenham apresentado recuo, com 7,9%, o Nordeste foi a que registrou a maior taxa de desocupação - percentual de pessoas desocupadas em relação àquelas em idade de trabalhar (com 14 anos ou mais) - no quarto trimestre de 2013, segundo informou, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a Região Sul teve o menor resultado, com uma taxa de desocupação de 3,8%. Na média nacional, o indicador foi de 6,2% em igual período.

No trimestre imediatamente anterior (julho, agosto e setembro do ano passado), o índice no Nordeste havia sido de 9% - 6,9% no País. Já nos três últimos meses de 2012 havia alcançado 9,3% - 6,9% no Brasil.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua), a primeira pesquisa com informações nacionais sobre mercado de trabalho do IBGE, com divulgação a cada trimestre.

Faixa etária

Entre as faixas de idade, o indicador para o nordestino foi superior para os jovens de 14 a 17 anos, onde alcançou 18,7%, seguido daqueles com 18 a 24 anos de idade, registrando 16,4% no quarto trimestre do ano passado. Já na população de 25 a 39 anos atingiu 7,4% e 4,4% entre os que têm de 40 a 59 anos. No País, as taxas foram 18,5%, 13,1%, 6% e 3,2%, respectivamente.

Nesse período, a população desocupada na região nordestina somava 1,93 milhão de pessoas, montante menor que o verificado no terceiro trimestre do ano passado, quando totalizava 2,16 milhões, e também em relação ao último trimestre de 2012 - 2,24 milhões. No Brasil, esta somava 6,05 milhões de indivíduos no quarto trimestre de 2013, montante inferior ao verificado no trimestre imediatamente anterior (6,8 milhões). No quarto trimestre de 2012, a população desocupada havia sido de 6,65 milhões de pessoas.

Pessoal ocupado

Os dados sobre a população ocupada mostram que 22,55 milhões de nordestinos tinham alguma ocupação no quarto trimestre de 2013, contra os 21,92 milhões verificados no trimestre imediatamente anterior. No quarto trimestre de 2012, a população ocupada somava 21,81 milhões de pessoas. No País, haviam 91,88 milhões de indivíduos ocupados, ante 91,17 milhões e 91,31 milhões levando em conta iguais períodos.

Já o nível da ocupação, que mostra a proporção da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi de 52,13% no Nordeste, no 4º trimestre de 2013. No terceiro trimestre do mesmo ano, o índice foi de 50,9%, sendo que no quarto trimestre de 2012, ficou em aproximadamente 51,2%. Enquanto isso, na média nacional, os níveis eram de 57,3%, 57,1% respectivamente.

Tipo de trabalho

Ainda de acordo com o levantamento do IBGE. No último trimestre do ano passado, a população nordestina ocupada era composta por 63,1% de empregados, 3% de empregadores, 29,2% de pessoas que trabalhavam por conta própria e 4,7% de trabalhadores familiares auxiliares. Por outro lado, considerando o conjunto do País, 69,6% eram de empregados, 4,1% de empregadores, 23,2% de indivíduos que trabalharam por conta própria e 3,1% de trabalhadores familiares auxiliares.

Emprego com carteira assinada avança na Região

O total de trabalhadores com carteira assinada no Nordeste cresceu mais de 1,4 ponto percentual no quarto trimestre do ano passado, em relação a igual período do ano anterior, e atingiu 61,8% dos empregados do setor privado, mas ainda assim está bem abaixo da média nacional que registrou proporção de 77,1%, ante 76,1% na mesma base de comparação, conforme a Pnad Continuada.

Já no Sul e Sudeste o ganho foi de 0,9 ponto, em ambas, atingindo 81,4% e 84,3%, respectivamente. No centro-Oeste o aumento foi de 0,8 ponto percentual, registrando 78% dos trabalhadores empregados no setor privado com carteira assinada. Entretanto o melhor desempenho foi anotado no Norte, onde cresceu 1,6 ponto percentual, ficando na proporção de 64,4%.

Trabalhador doméstico

A pesquisa indicou ainda que o percentual de trabalhadores domésticos com carteira assinada recuou 0,6 ponto percentual na região nordestina chegando a 18,2% do total do setor, no último trimestre de 2013.

Em todo o País, a parcela de trabalhadores domésticos sem carteira assinada também apresentou leve recuo saindo de 31,3% nos três últimos meses de 2012 para 31,1% em igual período ano passado.

Pior nível de instrução do País

O estudo do IBGE revelou ainda que, entre as pessoas ocupadas, a região Nordeste apresenta o maior percentual de trabalhadores com os menores níveis de instrução. No quarto trimestre de 2013, cerca de 42% não tinham sequer concluído o ensino fundamental. Em seguida aparece o Norte, com 39% dos indivíduos nessa condição. Já na média nacional o índice encontrado foi de 31,8%.

Enquanto isso, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, 56,9% e 51%, respectivamente, das pessoas ocupadas, em igual período chegaram a completar pelo menos o ensino médio.

O Sudeste, por sua vez, foi a que registrou a maior proporção de trabalhadores com nível superior completo, enquanto o Nordeste (10%) e o Norte (10,1%) apresentaram as menores.

Suspensão

Apesar da divulgação de ontem, o IBGE decidiu suspender as próximas apresentações da Pnad Contínua. A medida, motivada por questionamentos feitos no início de abril pelos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE), tem como objetivo fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita. Os senadores demandaram mais precisão nas informações sobre a renda domiciliar per capita para as Unidades da Federação, já que as estimativas do órgão servirão como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido na Lei Complementar nº 143/2013.

Portanto, a próxima divulgação, que estava prevista para o dia 3 de junho, foi cancelada. A Pnad Contínua só voltará a ser lançada em 6 de janeiro do ano que vem. Até lá, o IBGE formou uma força tarefa a fim de propor uma reformulação na metodologia da pesquisa que atendesse as exigências previstas na lei.

Fonte: Agência Brasil.


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