sábado, 12 de abril de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SÁBADO 12 DE ABRIL DE 2014

 COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

MAIS UM “ESTRATAGEMA” POLÍTICO.

Nobres:
Imagine se não tivesse um país cheio de contradições proclamadas na sabedoria do político que são direcionadas as ações corruptas, que não fosse o Brasil? Valo-me do nosso cotidiano que trás um cenário de acontecimentos inovados pela lástima do empenho desse segmento. Diz por naturalidade que a regra há exceção. Contudo esse preceito está paulatinamente saindo do escarcéu correspondente. Perguntamos: - o que há de pior em nossa sociedade? - A violência, a miséria, a corrupção, o desvio do dinheiro público? Não! A hipocrisia da política, principalmente da que não se renova, sugerindo que a democracia é uma gafe ou que nosso sistema representativo é um erro. A pergunta que não será feita é: “Se você votasse… E os candidatos fossem esses, em quem você votaria?”, continuaria a suposta pesquisa eleitoral. Não há essa possibilidade. No Brasil o voto é obrigatório. E, mea-culpa, muita gente defendeu. O argumento pífio e reverberante é slogan entre os que ocupam o poder: “O povo não sabe votar”. Fosse verdadeiro a afirmativa, todo nosso sistema representativo estaria equivocado, e as eleições seriam conversa para cochilar bovinos. Mas, não está (o sistema)? Não são (as eleições)? Sucedem-se governos e com eles os malfeitos. Executivo e Legislativo enlodados em escândalos acabam apontando uma solução pacata e aquiescente entre seus comensais: a renúncia. Arapuca usada por políticos, quando, à beira do patíbulo esquivam do “patíbulo” da perda de direitos.
Nos reportamos nos acontecimentos presentes onde se destaca o episódio Vargas – doleiro onde mais cedo ou tarde ocorrerá a renúncia do vice-presidente licenciado da Câmara dos Deputados (aquele que ergueu o braço em uma alusão aos mensaleiros presos junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal) atormentam aqueles que questionam: renunciou aos votos que recebeu? Aos possíveis crimes? À ética que deveria ter? Aos privilégios? Infelizmente, não. A resposta baixa é a prevenção mais primitiva que existe, a da vida. No caso, da vida política. Não só a sua, também a dos pares e de sua agremiação, que, mais uma vez, protagoniza a estampa de manchetes garrafais com possíveis atos de corrupção e desvio.
Novamente, o pano de fundo são os financiamentos às campanhas eleitorais. Há sempre uma artimanha que envolve arrecadação financeira, um fato corriqueiro como uma carona, a escolha recorrente de empresas amigas em licitações e contratos frágeis ou aditivos. Possivelmente, são esses os casos da Petrobras, suas subsidiárias e o link doleiro entre o governo, parlamentares, partidos e as prováveis Comissões Parlamentares (mistas ou não) de Inquérito que podem ter como alvo apenas o interesse eleitoral. Coisas do poder.
Como solução não ousou em trazer à tona o submarino da reforma política. Feita por políticos que ocupam cargos e que têm interesse direto no assunto, é como sugerir que se incendeie a própria casa. No momento, esse é tema de pirotecnia para inglês ver. Mas, por enquanto, já que somos povo que não sabe votar, melhor usar a oportunidade para reformar a casa e limpar tudo. Do contrário, nas eleições, resta renunciar ao voto. Pelo mote é, renunciar a renuncia!
Antônio Scarcela Jorge.


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