Scarcela Jorge.
MAIS UM “ESTRATAGEMA”
POLÍTICO.
Nobres:
Imagine se não
tivesse um país cheio de contradições proclamadas na sabedoria do político que
são direcionadas as ações corruptas, que não fosse o Brasil? Valo-me do nosso
cotidiano que trás um cenário de acontecimentos inovados pela lástima do
empenho desse segmento. Diz por naturalidade que a regra há exceção. Contudo
esse preceito está paulatinamente saindo do escarcéu correspondente. Perguntamos:
- o que há de pior em nossa sociedade? - A violência, a miséria, a corrupção, o
desvio do dinheiro público? Não! A hipocrisia da política, principalmente da
que não se renova, sugerindo que a democracia é uma gafe ou que nosso sistema
representativo é um erro. A pergunta que não será feita é: “Se você votasse… E
os candidatos fossem esses, em quem você votaria?”, continuaria a suposta
pesquisa eleitoral. Não há essa possibilidade. No Brasil o voto é obrigatório.
E, mea-culpa, muita gente defendeu. O argumento pífio e reverberante é slogan
entre os que ocupam o poder: “O povo não sabe votar”. Fosse verdadeiro a afirmativa,
todo nosso sistema representativo estaria equivocado, e as eleições seriam conversa
para cochilar bovinos. Mas, não está (o sistema)? Não são (as eleições)? Sucedem-se
governos e com eles os malfeitos. Executivo e Legislativo enlodados em
escândalos acabam apontando uma solução pacata e aquiescente entre seus
comensais: a renúncia. Arapuca usada por políticos, quando, à beira do patíbulo
esquivam do “patíbulo” da perda de direitos.
Nos reportamos nos acontecimentos presentes onde se destaca o episódio Vargas –
doleiro onde mais cedo ou tarde ocorrerá a renúncia do vice-presidente
licenciado da Câmara dos Deputados (aquele que ergueu o braço em uma alusão aos
mensaleiros presos junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal) atormentam
aqueles que questionam: renunciou aos votos que recebeu? Aos possíveis crimes?
À ética que deveria ter? Aos privilégios? Infelizmente, não. A resposta baixa é
a prevenção mais primitiva que existe, a da vida. No caso, da vida política.
Não só a sua, também a dos pares e de sua agremiação, que, mais uma vez,
protagoniza a estampa de manchetes garrafais com possíveis atos de corrupção e
desvio.
Novamente, o pano de fundo são os financiamentos às campanhas eleitorais. Há sempre uma artimanha que envolve arrecadação financeira, um fato corriqueiro como uma carona, a escolha recorrente de empresas amigas em licitações e contratos frágeis ou aditivos. Possivelmente, são esses os casos da Petrobras, suas subsidiárias e o link doleiro entre o governo, parlamentares, partidos e as prováveis Comissões Parlamentares (mistas ou não) de Inquérito que podem ter como alvo apenas o interesse eleitoral. Coisas do poder.
Como solução não ousou em trazer à tona o submarino da reforma política. Feita por políticos que ocupam cargos e que têm interesse direto no assunto, é como sugerir que se incendeie a própria casa. No momento, esse é tema de pirotecnia para inglês ver. Mas, por enquanto, já que somos povo que não sabe votar, melhor usar a oportunidade para reformar a casa e limpar tudo. Do contrário, nas eleições, resta renunciar ao voto. Pelo mote é, renunciar a renuncia!
Novamente, o pano de fundo são os financiamentos às campanhas eleitorais. Há sempre uma artimanha que envolve arrecadação financeira, um fato corriqueiro como uma carona, a escolha recorrente de empresas amigas em licitações e contratos frágeis ou aditivos. Possivelmente, são esses os casos da Petrobras, suas subsidiárias e o link doleiro entre o governo, parlamentares, partidos e as prováveis Comissões Parlamentares (mistas ou não) de Inquérito que podem ter como alvo apenas o interesse eleitoral. Coisas do poder.
Como solução não ousou em trazer à tona o submarino da reforma política. Feita por políticos que ocupam cargos e que têm interesse direto no assunto, é como sugerir que se incendeie a própria casa. No momento, esse é tema de pirotecnia para inglês ver. Mas, por enquanto, já que somos povo que não sabe votar, melhor usar a oportunidade para reformar a casa e limpar tudo. Do contrário, nas eleições, resta renunciar ao voto. Pelo mote é, renunciar a renuncia!
Antônio Scarcela
Jorge.
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