sábado, 26 de abril de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SÁBADO' 26 DE ABRIL DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

“IMPERIALISMO” DA BANDIDAGEM DE NORTE A SUL DO PAÍS.

Nobres:
Neste nosso Brasil a criminalidade semelha cada dia mais indissociável do cotidiano e que figura com destaque crescente nos rankings internacionais de violência, é preocupante a banalização de atos como a destruição de ônibus, por meio de depredações ou incêndios criminosos já transformou na norma dos marginais aqui na capital cearense e em todo país. No caso mais recente, e um dos mais assustadores entre os já registrados até agora, mais de três dezenas de ônibus foram incendiados por criminosos que invadiram a garagem de uma empresa de transporte coletivo na cidade paulista de Osasco. O poder público me parece inerte e acomodado na reação incontinente promovida pelas “suas excelências marginais”. Precisa dar um basta a essas ações covardes, que causam transtornos à população e aos usuários do transporte coletivo. Além disso, prejudicam a própria imagem do país e de nosso Estado já que as cenas concomitantes e deploráveis ganham espaço na mídia internacional, às vésperas da realização de um evento importante como a Copa do Mundo. Os números são assustadores: só neste ano, nada menos de 364 ônibus foram atacados na capital paulista e em municípios da Grande São Paulo, sendo 115 deles incendiados e no nosso Estado acompanha esse estado deprimente e de terror. Tornou-se um normativo entre outras cidades do país, incluindo algumas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, também há registros frequentes de veículos coletivos queimados por traficantes, quadrilhas e até mesmo grevistas e participantes de manifestações de rua. No início do ano, ataques desse tipo já havia resultado na morte de uma menina de seis anos no Maranhão. E, seja qual for o caso, o resultado concreto é que o usuário acaba arcando duplamente com o ônus. Os manifestantes atearam fogo no próprio motorista de um veículo em plena manifestação diante de um frágil sistema de segurança que tanto faz um pequeno ou grande número de agentes, isso não importa, todos sentem inertes e acostumados com as causas. Primeiro, porque passa a contar com menos opções ainda para se locomover e o mais grave é porque o usuário é chamado a responder também pelo custo financeiro. A esses episódios, se somam outros igualmente assustadores, como os ataques coordenados a Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), intensificados nos últimos meses, no Rio de Janeiro. Mais recentemente, a greve dos policiais militares em Salvador, na Bahia, chamou a atenção para o quanto a violência pode transbordar para diferentes áreas quando os criminosos se sentem livres para agir. A contenção da criminalidade não deveria depender apenas de policiamento ostensivo, mas sobretudo de observância a princípios morais e legais. A simples ausência da polícia nas ruas, porém, foi suficiente para aumentar em 10 vezes o número de mortes diárias na capital baiana, o que é aterrador. Nos casos específicos envolvendo transporte coletivo, os danos provocados, algumas vezes têm ligação com a insatisfação em relação à má qualidade dos serviços, que deu origem a protestos em série nas ruas há quase um ano. Atentados a ônibus, como os de Osasco, porém, estão cada vez mais associados ao crime organizado, contra o qual a sociedade espera ações efetivas. Resta dizer que estamos na plenitude de uma excelente do estado democrático do direito, onde grupos marginais se sentem orientados e protegidos por agentes e a legislação, onde os Direitos Humanos aqui do país rogam direitos e mais direitos. Onde deveres e responsabilidades há muito deixaram de existir.

Antônio Scarcela Jorge.

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