Partidos de oposição ao governo
na Câmara preparam uma ofensiva para exigir explicações e uma investigação
específica pelo Ministério Público das denúncias de envolvimento do ex-ministro
da Saúde Alexandre Padilha com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia
Federal sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que
movimentou R$ 10 bilhões.

Conforme a PF, o executivo
indicado seria Marcus Cezar Ferreira de Moura, coordenador de promoção de
eventos da assessoria de comunicação do Ministério da Saúde na gestão de
Padilha.

Imbassahy afirmou que também
protocolará pedido de informações ao Ministério da Saúde sobre a nomeação de
Marcus Cesar Ferreira de Moura para a pasta, as funções que exercia e os
motivos que resultaram em sua saída do governo.
Outra estratégia da oposição será
apresentar uma série de convites para que Padilha preste esclarecimentos na
Câmara. PSDB, DEM e PPS vão protocolar entre esta sexta (25) e a próxima
segunda (28) requerimento para que o petista fale na Comissão de Fiscalização e
Controle. Pedidos para que o ex-ministro fale em outros colegiados da Casa
também devem ser elaborados no início da próxima semana, segundo líderes da
oposição.
“Acho que a gente precisa apurar,
são irregularidades graves. Estou protocolando solicitação para que o ministro
vá à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Também vou chamar Marcus
Cezar para falar na comissão, já que ele era de confiança do ministro e saiu de
lá para trabalhar no Labogen”, afirmou ao G1 o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PB).
O líder do PPS, Rubens Bueno
(PR), também defendeu a ida de Padilha ao Congresso. "Nada mais justo do
que o ex-ministro [Alexandre] Padilha ter o espaço público da Câmara para se
explicar. Aliás, essa não é primeira suspeita de irregularidade envolvendo a
sua gestão. Há a questão dos contratos da área de saúde indígena, investigados
por vários órgãos. Queremos ouvir suas explicações", disse o deputado em
comunicado à imprensa.
O líder do PT na Câmara, deputado
Vicentinho (SP), afirmou que Padilha “certamente” comparecerá se for chamado a
falar em comissões da Casa, porque, segundo ele, "quem não deve não
teme". “Não temos como impedir [a apresentação de requerimentos]. Se
conseguir aprovar o convite, tenho certeza de que ele virá. Não tem porque não
vir. Quem não deve não teme”, disse.
Vicentinho afirmou confiar
plenamente na honestidade de Padilha e disse que as denúncias contra o
ex-ministro têm o objetivo de prejudicar sua candidatura ao governo de São
Paulo. “Conheço o Padilha desde que era jovem e tenho convicção de que ele é um
homem honesto, sério. Agora, é candidato a governador e começam a jogar para
cima dele também.”
Fonte: G1- Brasília DF.
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