quarta-feira, 30 de abril de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'QUARTA-FEIRA' 30 DE ABRIL DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

“FINANCIAMENTO” DE CANDIDATURAS.

Nobres:
Nas eleições proporcionais, o financiamento de campanhas tem uma grande “ferida” -: Todos são inimigos de todos, é uma guerra na qual vale tudo, até recursos de traficantes, máfias e outros grupos afins. Espécie de cartório eleitoral, o partido tão só registra os candidatos e depois é pago por nós na proporção do seu sucesso de vendas. Apesar da decisão do STF que vinculou o mandato ao partido, os parlamentares deram a “volta por cima” e agravaram a proliferação partidária, incentivada pelas teratológicas coligações. Com milhares de candidatos, é impossível qualquer fiscalização eficaz e a trágica realidade do consabido “caixa 2″ é impune. Pior, a vedação de doações empresariais transparentes certamente irá agravar esse quadro. Nesse absurdo sistema, o eleitor é iludido, pensa eleger o “seu” candidato, porém, o mais das vezes, elege outros, até, de outros partidos e com ideias frontalmente contrárias às dele. Nesse sistema, não há voto de rejeição, na quase totalidade opinião pública pode execrar um candidato, no entanto, se ele controlar um reduzido charola do eleitorado, será um campeão de votos. Dessa forma, as siglas de maior sucesso são as que albergam em suas hostes as figuras mais desiguais e ridículas, sem qualquer afinidade programática. E não é só isso, em regra, mulheres, afrodescendentes e bons cidadãos são apenas “iscas” para trazer votos. Aliás, no sistema de voto no conjunto de candidatos do partido ou em lista, onde os representantes dessas maiorias seriam colocados? No fim das listas? E aquelas figuras execradas pela maioria? No topo? - Por tudo isso, é incompreensível a afirmação de altas personalidades no sentido de que bastaria o eleitor fazer boas escolhas: os Legislativos, construídos para também dar voz às minorias, deixaram de representar a maioria. é uma contradição latente neste “mundão” de interesses e essencialmente corrupto.
Antônio Scarcela Jorge.

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