COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
QUEM VAI PAGAR SOMOS NÓS.
Nobres:
Por
mais vontade em que o governo tentou segurar o reajuste de energia elétrica que
seria consolidado após as eleições numa tática explicita para quem pretendia
ganhar as eleições presidenciais com certa facilidade; como pretendiam os
atuais detentores do poder. Mas as leis de mercado são mais poderosas. Reiteramos;
o represamento demagógico das tarifas de energia não irá mesmo até a eleição. E
isso significa que, uma vez mais, a conta da imprevidência, da falta de
investimentos e da equivocada política de mascarar a realidade acaba sendo arcada
por todos os brasileiros. No início deste ano, num discurso contundente que
lembrava em tudo o de campanha à reeleição, a presidente Dilma Rousseff
confirmou uma redução de 18% nas contas de energia elétrica, superior até mesmo
à prevista inicialmente. No mesmo discurso, rechaçou as previsões sobre um
apagão que, de fato, não ocorreu, mas impôs um ônus pesado para todos os
consumidores. Na impossibilidade de contar com as hidrelétricas, pela escassez
de chuvas, o país precisou recorrer às termelétricas, que produzem energia a um
custo bem superior. Infelizmente, confirmou-se na prática o que o governo não
queria admitir na época, mas as razões não se restringem à insuficiência de
chuva. Faltou também rigor no planejamento e execução de projetos, o que
impediu a entrada em operação de dezenas de usinas e ainda hoje mantém algumas
delas sem linhas de transmissão. Por isso, não basta o consumidor reagir contra
o tamanho das contas, que vão impactar seu bolso e a taxa de inflação. É
preciso acima de tudo que cobre mais eficiência do poder público, para evitar a
repetição de reajustes tão desafinados com a estabilidade. É mais uma das
estratégicas voltada para se dar bem em termos eleitorais aliadas a falta de
planejamento para o setor, e esta é a grande verdade que nos preocupa vindo a
onerar os nossos próprios bolsos.
Antônio
Scarcela Jorge.
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