OPERAÇÃO LAVA-JATO: ASSESSOR DO MINISTRO DA
PREVIDÊNCIA PEDE DEMISSÃO.
BRASÍLIA - José Wilde de Oliveira
Cabral, um dos assessores especiais do ministro da Previdência Social Garibaldi
Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Wilde decidiu se afastar do
cargo um dia depois do GLOBO
revelar que o ex-assessor recebeu R$ 20 mil da MO Consultoria Comercial e
Laudos Estatísticos. Pelas investigações da Polícia
Federal na Operação Lava Jato, a MO era usada pelo doleiro Alberto Youssef para
movimentar dinheiro de empreiteiras que tem contratos com o poder público.
Quando recebeu o dinheiro, Wilde assessorava Garibaldi no Senado.
Em carta endereçada ao ministro,
Wilde reafirma que não tem qualquer ligação com a empresa de Youssef. Ele alega
que recebeu o dinheiro em pagamento por serviços de relações públicas prestados
à uma empresa de São Paulo. O ex-assessor não revela o nome da empresa. Wilde
diz que prestou os serviços em 2010. Os R$ 20 mil foram depositados na conta do
ex-assessor em 31 de março de 2011. A informação foi descoberta depois da
quebra do sigilo bancário da MO.
"Não tenho, nem nunca tive
qualquer relação profissional com essa empresa M.O. Consultoria. Pelo valor
divulgado do pagamento feito a mim, é razoável supor que se trata de
remuneração por serviço de assessoria de imprensa que prestei em 2010, com
pagamento efetuado no primeiro semestre de 2011", explica Wilde na carta
entregue a Garibaldi. "Esse trabalho esporádico que então desempenhei não
me permitiu tomar conhecimento de eventuais relações entre a empresa, suas
coligadas e outras companhias", afirma.
Wilde argumenta ainda que recebeu
o dinheiro por meio lícito e, por isso, não teria o dever de pesquisar a origem
do pagamento. No período em que recebeu o dinheiro da MO, Wilde era assessor
especial do gabinete de Garibaldi no Senado.
Fonte:
Agência O Globo.
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