“AÍ É RUIM MEU FILHO”
TUBARÃO DA BARRA ESTREIA NA COMPETIÇÃO SOB VAIAS.
Vinte anos
depois do bicampeonato na Primeira Divisão do Cearense, o Ferroviário estreou,
ontem, na Segundona com derrota. (0 X 2 – Tiradentes)
- Também
tradicional no futebol estadual, o Tiradentes foi mais valente, dominou a
partida e saiu do PV com a vitória pelo placar de 2 a 0.
Irreconhecível, inclusive no
uniforme (todo dourado, com as tradicionais listras vermelha e preta), o
Tubarão da Barra não agradou ao seu torcedor, que o vaiou no final da partida e
pediu a contratação de novos atletas.
Gol no início.
O Tigre da PM mostrou as cartas
desde o início da partida, e chegou ao primeiro gol logo aos 15 minutos. Depois
de boa troca de passes no meio campo, a bola sobrou na área, e Rafael chutou no
canto, sem chances para o goleiro do Ferroviário.
Apesar da desvantagem no placar,
o time da Vila Elzir Cabral não cresceu de produção e também não levou muito
perigo ao gol do adversário. Em uma das poucas oportunidades, já na segunda
etapa, o meia Valdeci, uma das esperanças corais para conseguir o acesso, ficou
na cara do goleiro adversário, mas o zagueiro do Tiradentes foi mais rápido e
travou a bola.
Após jogada da equipe azul-grená
pela esquerda, o juiz marcou pênalti. Na cobrança, o meia Manoelzinho deslocou
o goleiro e anotou o segundo gol.
A penalidade para o Tiradentes
fez com que o torcedor do Ferrão, maioria no estádio, pressionasse o árbitro.
No fim da partida, após cruzamento da esquerda, um jogador do Tubarão caiu na
área, e o juiz optou por não marcar a falta, o que aumentou a indignação da torcida
coral.
Na próxima rodada da Segunda
Divisão, o Ferroviário irá enfrentar o Crato, fora de casa, na próxima
quarta-feira (4). Enquanto o Tiradentes voltará a campo somente no dia 17 de
março, contra o América, também no Presidente Vargas.
Fonte: DN.
FERRIM. – SACRIFÍCIO ATÉ A ETERNIDADE!
FERROVIÁRIO X TIRADENTES
UM PROGRAMA FAMÍLIA.
Paixão e segurança levaram pessoas de todas as idades ao Presidente
Vargas para ver jogo da Segundona e perder.
O domingo sem chuva após os
últimos dias de precipitações em Fortaleza fez com que pessoas das mais
diversas faixas etárias se deslocassem ao Benfica para acompanhar a partida. A
maioria absoluta da torcida presente estava vestida de preto, vermelho e branco
e acabou, portanto, retornando para casa com o amargo sabor da derrota. Não há
ainda novos jogos marcados para o time da Barra no estádio
Quem está desacostumado com a
presença de famílias em estádios pode ter estranhado o público que compareceu
ao Gigantinho do Benfica, ontem. Pais, filhos e casais saíram de casa no
domingo para se divertir com o esporte preferido do brasileiro e apoiarem o
clube do coração - ou apenas para ver futebol.
O clima, do início ao fim da
partida válida pela Segunda Divisão do Estadual, também era diferente, dentro e
fora do Presidente Vargas. A segurança e a tranquilidade permitiram que as
famílias se divertissem, brincassem e rissem sem nenhuma preocupação senão o
evento.
Em campo, o duelo podia não ser o
melhor entretenimento. Sem craques e o status de décadas atrás, o Ferroviário
enfrentava o Tiradentes. O estado desgastado do gramado também não colaborava
com o espetáculo.
Mas mesmo com as adversidades,
mais de 1.300 fanáticos compareceram, se envolveram, gritaram, reclamaram dos
jogadores e dos árbitros, e alguns comemoraram. Melhor para os torcedores que
vestiam o manto azul-grená. No encontro entre equipes, acostumadas com a
Primeira Divisão, o Tigre da Polícia Militar saiu com a vitória por 2 a 0,
aumentando o sofrimento do torcedor coral, que não conhecia o gosto amargo de
não estar na elite do futebol cearense. Mas isso foi apenas mais um detalhe.
Crianças
Entre as pessoas de todas as
idades, o número de crianças presentes chamava atenção. Curiosos com a dinâmica
de um jogo de futebol e vestidos a caráter, os pequenos mostravam identificação
com as cores que aprenderam a gostar graças aos familiares. "Sou Ferroviário
e gosto de vir (ao estádio)", disse a pequena Carla Vitória, 9, quando a
pergunta era feita ao seu pai, o motorista Carlos Alberto, 56.
Segundo Carlos, esse é um costume
que ele mantém desde o primeiro filho, deixando aos herdeiros, com exceção de
um, a mesma paixão pelo Ferroviário. Carla é a quinta filha do torcedor e Maria
Clara, 7, que também estava presente, a sexta.
Acompanhada de um tubarão
(mascote do Ferroviário) de pelúcia, Raissa, filha da decoradora Renata
Iannini, também não parou quieta enquanto a mãe concedia entrevista: "Eu
adoro", adiantou a menina.
Renata levou Raissa ao estádio
pela primeira vez quando ela ainda estava e sua barriga. Como seguiu os passos
do pai e a família toda é apaixonada por futebol - e pelo time coral -, a
decoradora acredita que a filha será igual a ela: sempre irá acompanhar o clube
do coração, independentemente da divisão e da grandeza do jogo.
Laços
A relação com os jogadores e com
os integrantes da comissão técnica dos clubes também levou as pessoas ao PV.
Foi o caso da treinadora de handebol Mary Ruth, 53, que foi acompanhar o
marido, o técnico do Tiradentes, Danilo Augusto. Ela conta que, por causa da
profissão do esposo, está sempre mudando sua torcida, mas não deixa de
acompanhá-lo e aquela era uma boa oportunidade.
Já a família do jogador Alisson Silva,
lateral-esquerdo do Tiradentes, fez questão de ir em peso acompanhar a primeira
partida profissional em que o jovem foi relacionado. Segundo a prima, a
assistente de vendas Brena Kelly, era a "realização de um sonho".
Marcelo Filho, por sua vez, foi acompanhar o padrinho, o meia Valdeci, do
Ferroviário. Apesar de torcer pelo Fortaleza, o rapaz se envolveu com o Ferrão
devido ao laço com o jogador de futebol e, hoje, se diz torcedor também do time
da Barra.
- (ALÉM DA SECA E DA LADROAGEM - TEM O FERRIM).
C O I T A D O S !
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