O doleiro Alberto Youssef disse,
em depoimento na Operação Lava Jato, que a presidente Dilma Rousseff e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento da "estrutura
que envolvia a distribuição e repasse de comissões" na Petrobras. Durante
o processo de delação premiada, Youssef afirmou que "tanto a presidência
da Petrobras como o Palácio do Planalto" sabiam do esquema.
Questionado sobre a quem se
referia ao mencionar Palácio do Planalto, Youssef citou os nomes de Lula,
Dilma, e parte da cúpula do governo do ex-presidente: Gilberto Carvalho, Gleisi
Hoffmann, Antonio Palocci, José Dirceu, Ideli Salvatti e Edison Lobão.
O trecho da delação de Youssef
que cita Lula e Dilma aparece no pedido de abertura de inquérito encaminhado
pela Procuradoria-Geral da República para investigar a senadora Gleisi Hoffmann
(PT-PR). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, descartou a
possibilidade de investigar a presidente Dilma Rousseff.
"Em complementação ao termo
de declarações realizado na data de ontem, o declarante gostaria de ressaltar
que tanto a presidência da Petrobras, quando o Palácio do Planalto tinham
conhecimento da estrutura que envolvia a distribuição e repasse de comissões no
âmbito da estatal", relatam os investigadores sobre o depoimento de
Youssef.
Na sequência, explicam:
"Indagado quanto a quem se referia em relação ao termo 'Palácio do
Planalto', esclarece que tanto a presidência da República, Casa Civil, Ministro
de Minas e Energia, tais como Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho,
Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e
Edison Lobão, entre outros relacionados".
As evidências apontam, segundo a
Procuradoria, que Gleisi recebeu R$ 1 milhão em agosto de 2010 para custear sua
campanha. As investigações demonstram "que o apoio político aos operadores
do esquema de contratos ilegais e corrupção de agentes públicos mantidos no
ambiente da Petrobras era algo imprescindível", aponta a peça da PGR. A
petista será investigada por suposta prática de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Fonte:
Agência O Estado de São Paulo.
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