ALOYSIO É VICE, E DEM COORDENA A CAMPANHA.
Aécio disse que o Nordeste é prioridade e que o País tem que
"tratar de forma desigual os desiguais"
Brasília. Com o
objetivo de fortalecer no Nordeste sua candidatura à Presidência, o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) escolheu o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN),
como coordenador de sua campanha ao Palácio do Planalto. Depois de optar por um
tucano de São Paulo para vice em sua chapa, Aécio disse que vai priorizar o
Nordeste se for eleito porque o país precisa "tratar de forma desigual
regiões desiguais".
"Nosso programa se iniciará
pelo Nordeste e digo isso com autoridade de quem como governador de Minas investiu
três vezes mais na educação", disse Aécio. Agripino chegou a ser cotado
para vice na chapa de Aécio, mas o PSDB escolheu o tucano Aloysio Nunes
Ferreira (SP) para o posto - com o objetivo de engajar a ala do ex-governador
José Serra (SP) em sua campanha presidencial.
Agripino disse que São Paulo tem
"32 milhões de eleitores e é por isso de grande importância". "O
nome de Aloysio é um nome acima de qualquer suspeita e ele por si só é uma
garantia de perspectiva de bom resultado no Estado. O importante é ganhar,
sobretudo com bons nomes e grandes ideias", disse o senador.
Segundo o potiguar, a coordenação
da campanha é algo "natural" pela sua proximidade com Aécio, que
também é presidente do PSDB.
"A indicação é uma homenagem
à coerência, matéria essencial na vida pública", acrescentou Aécio.
Segundo ele, a razão da escolha não é a conveniência da campanha, mas o
"interesse do Brasil".
Ao chegar à convenção do DEM que
ocorreu ontem, em Brasília, Aécio disse que não haverá "qualquer tipo de
diferenciação" entre os partidos de sua aliança. "Todos nós temos as
mesmas responsabilidades, o mesmo espaço e a mesma determinação para
construirmos um projeto novo para o Brasil. Ele terá um papel relevante para
todo o país, principalmente no Nordeste".
Formalização
O DEM formalizou durante a
convenção o apoio à candidatura de Aécio. Agripino disse que a chapa liderada
pelo tucano é resultado de uma "fraterna convivência" entre os dois
partidos nos últimos anos. "Lutamos fazendo oposição a um governo que em
nossa opinião tem muitos reparos a serem feitos, os quais Aécio e Aloysio se
propõem a fazer", disse Agripino.
Segundo o presidente do DEM, as
duas siglas vão seguir juntas na maioria dos palanques estaduais, com
"eventualíssimas divergências" nas unidades federativas.
Líder do DEM, o deputado Mendonça
Filho (PE) criticou "alianças de ocasião" da presidente Dilma
Rousseff que envolveram "entregar cabeça de ministro" para garantir
apoio à petista em referência à saída de César Borges do ministério dos
Transportes após pedido da cúpula do PR. "No mundo em que o PT governa se
chegou ao limite de se pedir e se entregar cabeça de ministro para garantir
apoio presidencial", afirmou.
Perfil do
vice
Ex-deputado estadual, federal,
ministro de duas pastas (Justiça e Secretaria-Geral da Presidência) na gestão
Fernando Henrique Cardoso e secretário de José Serra na Prefeitura de São Paulo
e no governo do Estado, Aloysio, 69, foi escolhido após fracassarem as
tentativas de Aécio de usar a vaga de vice para atrair mais um partido de porte
grande para a sua coligação.
Fonte: Agência Brasil.
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