O
Embaixador brasileiro em Israel foi chamado de volta. A reação no Estado judeu
foi às críticas no Brasil ao uso desproporcional da força na Faixa de Gaza. O
chanceler do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, minimizou a questão. O Governo de
Israel reagiu duramente ontem às críticas no Brasil à operação militar na Faixa
de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores do Estado judeu afirmou que o
“comportamento” do Brasil “ilustra a razão por que esse gigante econômico e
cultural permanece politicamente irrelevante”. O “comportamento” que os
israelenses se referem é um comunicado distribuído na noite de quarta-feira em
que o Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou o “uso
desproporcional da força” por parte de Israel e não faz referência às agressões
de palestinos contra israelenses.
Também na
quarta-feira, o Governo brasileiro chamou o embaixador de Israel em Brasília,
Rafael Eldad, para expressar o seu protesto, e convocou o embaixador brasileiro
em Tel-Aviv, Henrique Pinto, de volta a Brasília.
Horas
após a forte reação israelense, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto
Figueiredo, minimizou a questão, dizendo que a “discordância entre amigos é
natural”. Em visita a São Paulo, ele afirmou que o comunicado do Itamaraty
quarta-feira - que contou com aval da presidente Dilma Rousseff -, não apaga as
críticas feitas anteriormente ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) só
porque não as menciona.
Desde que
a Operação Fronteira Protegida começou, no dia 8 passado, mais de 700
palestinos, na maioria civis, foram mortos. Do lado israelense, foram 32
militares e três civis, sendo um cidadão tailandês. O intuito da operação é
desmantelar o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Fonte: Reuters.
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