A alta de
3,72% no preço dos medicamentos foi um dos fatores que puxou o avanço de 1,7%
do IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade) ao longo do
segundo trimestre de 2014. O índice, responsável pela variação dos produtos
consumidos pelas famílias compostas por indivíduos com mais de 60 anos de
idade, foi divulgado nesta segunda-feira (24), pela FGV (Fundação Getúlio
Vargas) e teve como principal alta o grupo de saúde e cuidados pessoais.
No trimestre, o resultado
apresentado pela inflação da terceira idade ficou acima dos 1,64 registrados
pelo índice que mede a variação dos preços para todas as faixas etárias,
calculado pela mesma FGV.
No acumulado de 12 meses, porém,
o IPC-3i acumula alta de 6,42%, variação abaixo da taxa acumulada pelo IPC-BR,
que foi de 6,55%, no mesmo período.
Na passagem do primeiro para o
segundo trimestre do ano, a taxa do índice mostra recuo de 0,6%, passando de
2,30% para 1,70%. O resultado foi influenciado pelos preços mais baixos em
quatro das oito classes de despesa analisadas, com principal contribuição vinda
do grupo Alimentação (de 4,31% para 1,31%). O item que mais influenciou o
comportamento desta classe de despesa foi hortaliças e legumes, que variou
-7,70%, no segundo trimestre, ante 30,42%, no anterior.
Contribuíram também para o
decréscimo da taxa do IPC-3i entre um semestre e outro, os grupos: Educação,
Leitura e Recreação (de 3,69% para 0,11%), Transportes (de 1,59% para 0,76%) e
Despesas Diversas (de 3,60% para 2,46%).
Em contrapartida, as classes
Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,37% para 2,73%), Vestuário (de 0,71% para
1,92%) e Habitação (de 2,13% para 2,16%) tiveram altas no mesmo período.
O
grupo Comunicação repetiu a taxa de variação registrada na última
apuração. As principais influências para a estabilidade partiram dos itens
tarifa de telefonia residencial (de -0,51% para -0,10%) e pacotes de telefonia
fixa e internet (de 1,52% para 0,54%).
Fonte: Agência Brasil.
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