Youssef está sob custódia desde março, quando a Justiça expediu uma
primeira ordem de prisão.
A Justiça Federal decretou nova
prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava-Jato, desta
vez por lavagem de R$ 1,16 milhão do mensalão. A decisão foi tomada pelo juiz
Sérgio Fernando Moro, da Justiça Federal em Curitiba.
Youssef está sob custódia desde
março, quando a Justiça expediu uma primeira ordem de prisão contra ele.
Neste novo episódio, Sérgio Moro
também decretou a prisão do doleiro Carlos Habib Chater, o "Zezé", e
de mais dois envolvidos na trama de lavagem de dinheiro do mensalão, maior
escândalo da era Lula, Carlos Alberto Pereira da Costa, e Ediel Viana da Silva.
O juiz abriu nova ação penal
contra Youssef e seus pares por lavagem, formação de quadrilha e apropriação
indébita.
Segundo denúncia do Ministério
Público Federal, os acusados teriam lavado "recursos criminosos" de
titularidade do ex-deputado federal José Janene, líder do PP na Câmara na época
do mensalão. O dinheiro teria sido usado para investimentos em empreendimento
industrial em Londrina (PR), constituindo a empresa Dunel Indústria.

Janene escapou da condenação no
processo do mensalão porque morreu antes do julgamento do STF. Segundo a
denúncia, R$ 1,16 milhão que Janene teria recebido no mensalão foi
"investidos sub-repticiamente em empreendimento industrial em Londrina,
especificamente na empresa Dunel Indústria". A Procuradoria denunciou 10
envolvidos, inclusive uma filha de Janene. "A realização das transações
dissimuladas, com utilização de terceiros e de pessoas interpostas, constitui
indício significativo da própria origem criminosa dos recursos
envolvidos", destaca o juiz Sérgio Moro. "Afinal, fossem recursos
lícitos, o natural seria a realização de transações pelo próprio ex-deputado
José Janene, sem recorrer a terceiros e a operações dissimuladas."

Ao mandar prender Youssef, Zezé e
outros dois acusados (Carlos Alberto Pereira da Costa e Ediel Viana da Silva),
o juiz Sérgio Moro anotou sobre a necessidade de "resguardar a ordem
pública e a instrução criminal".
Fonte: Agência O Estado.
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