quinta-feira, 31 de julho de 2014

BRASIL POLÍTICO - POSIÇÃO DE SERRA

 SERRA DIZ QUE É PRECISO RESGATAR A CONFIANÇA NO PAÍS.

O candidato do PSDB ao Senado Federal, José Serra, fez nesta quarta-feira, 30, em palestra no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, uma análise crítica da gestão do PT no País, incluindo os mandatos da atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao falar que o País carece de credibilidade, disse à plateia que é preciso resgatar a confiança no País elegendo a oposição ao PT. E pediu votos para o presidenciável de sua legenda, Aécio Neves.

"Estou animado para disputar o Senado Federal, mas é preciso mais nesta campanha. É importante renovarmos e reconquistarmos o crédito de confiança em nosso País. Por isso, precisamos eleger a oposição e o meu candidato à Presidência da República é o Aécio Neves", disse à plateia de engenheiros. Ao falar em renovação, lembrou que o governador Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição no Estado administrado há cerca de 20 anos pelo PSDB, tem feito renovações nas propostas e na gestão. "O importante é a renovação das coisas", justificou.

O suplente ao Senado Federal de Serra, o ex-secretário de Energia de São Paulo José Aníbal, falou do episódio Santander, que divulgou um informe a clientes dizendo que a economia poderia se deteriorar caso a candidata do PT se mantivesse na liderança nas pesquisas de intenção de voto. Segundo Aníbal, o banco não disse nada de errado ou que não esteja todos os dias nos jornais do País. "Falta credibilidade, confiança, expectativa no País. O crescimento econômico é baixo e o ex-presidente Lula ainda desqualificou o analista (do Santander), mas ele falou a verdade."

Após a palestra, Serra respondeu a perguntas da plateia. Indagado sobre a criação de empregos, falou que "é um mito dizer que o emprego cresceu muito no governo Lula". Ele disse que, na gestão petista, o emprego cresceu nas categorias de até dois salários mínimos, "mas acima de dois salários mínimos caiu o número de empregados". "Isso é deterioração do mercado de trabalho", criticou o tucano.

 SERRA CRITICA POLÍTICAS PETISTAS NO SETOR ELÉTRICO.

O candidato do PSDB ao Senado, José Serra, aproveitou palestra no Sindicato dos Engenheiros Elétricos do Estado de São Paulo para criticar as políticas relacionadas ao setor elétrico da presidente Dilma Rousseff (PT). O tucano afirmou que metade do setor elétrico está quebrado e duvida que o atual governo consiga consertar seus próprios erros.

"Metade do setor (elétrico) está quebrado e pra consertar tudo isso, o mesmo governo não vai conseguir", disse. O candidato também pegou carona na sabatina que a CNI (Confederação Nacional das Indústrias) promoveu com os presidenciáveis para falar sobre as políticas relacionadas ao setor industrial do PT. Serra disse que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "um homem que foi operário", prejudicou o setor industrial, com reflexos negativos para a economia do País. E frisou que a era petista, que não tem capacidade executiva, "arrebentou" um dos patrimônios da classe trabalhadora brasileira, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), lembrando que foi quem apresentou a emenda à Constituição que instituiu o que viria a ser o FAT.

Ao falar de sua candidatura ao Senado Federal, José Serra disse que dentre as suas bandeiras, está "a batalha para consertar a questão do FAT" e garantir que genéricos sejam destinados também aos pacientes com câncer. Ele disse que a aprovação para um medicamento genérico entrar no mercado, que era de cerca de cinco meses quando esteve à frente do Ministério da Saúde, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), hoje, na gestão do PT, leva quase 30 meses.

Ele também lamentou que da década de 80 para cá, o ritmo da economia brasileira caiu três vezes. "Estamos há praticamente 34 anos sem encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável, com 'salto de galinha', cresce mas cai. E engenharia está ligada a investimentos. Não me formei engenheiro porque virei líder estudantil e deixei o Brasil. No exterior, não deu pra terminar engenharia porque nada contava como crédito. Então acabei mudado pra economia, área que tinha mais atração", afirmou.

Serra lembrou, na palestra, sua participação na gestão do falecido governador de São Paulo Franco Montoro. "Vocês não têm ideia da terra arrasada que encontramos ao assumir o governo de São Paulo, após a administração de Paulo Maluf", criticou.

O tucano falou também que pretende defender a bandeira da segurança, principalmente o combate às drogas e a vigilância nas fronteiras. "Hoje não há campanha educacional contra as drogas", lamentou. E criticou: "Parece que hoje virou coisa de direito civil".
Fonte: Agência Estado.


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