O candidato do PSDB ao Senado
Federal, José Serra, fez nesta quarta-feira, 30, em palestra no Sindicato dos
Engenheiros no Estado de São Paulo, uma análise crítica da gestão do PT no
País, incluindo os mandatos da atual presidente e candidata à reeleição, Dilma
Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao falar que o País
carece de credibilidade, disse à plateia que é preciso resgatar a confiança no
País elegendo a oposição ao PT. E pediu votos para o presidenciável de sua
legenda, Aécio Neves.
"Estou animado para disputar
o Senado Federal, mas é preciso mais nesta campanha. É importante renovarmos e
reconquistarmos o crédito de confiança em nosso País. Por isso, precisamos
eleger a oposição e o meu candidato à Presidência da República é o Aécio
Neves", disse à plateia de engenheiros. Ao falar em renovação, lembrou que
o governador Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição no Estado administrado há
cerca de 20 anos pelo PSDB, tem feito renovações nas propostas e na gestão.
"O importante é a renovação das coisas", justificou.
O suplente ao Senado Federal de
Serra, o ex-secretário de Energia de São Paulo José Aníbal, falou do episódio
Santander, que divulgou um informe a clientes dizendo que a economia poderia se
deteriorar caso a candidata do PT se mantivesse na liderança nas pesquisas de
intenção de voto. Segundo Aníbal, o banco não disse nada de errado ou que não
esteja todos os dias nos jornais do País. "Falta credibilidade, confiança,
expectativa no País. O crescimento econômico é baixo e o ex-presidente Lula
ainda desqualificou o analista (do Santander), mas ele falou a verdade."
Após a palestra, Serra respondeu
a perguntas da plateia. Indagado sobre a criação de empregos, falou que "é
um mito dizer que o emprego cresceu muito no governo Lula". Ele disse que,
na gestão petista, o emprego cresceu nas categorias de até dois salários
mínimos, "mas acima de dois salários mínimos caiu o número de
empregados". "Isso é deterioração do mercado de trabalho",
criticou o tucano.
SERRA CRITICA POLÍTICAS
PETISTAS NO SETOR ELÉTRICO.
O candidato do PSDB ao Senado,
José Serra, aproveitou palestra no Sindicato dos Engenheiros Elétricos do
Estado de São Paulo para criticar as políticas relacionadas ao setor elétrico
da presidente Dilma Rousseff (PT). O tucano afirmou que metade do setor
elétrico está quebrado e duvida que o atual governo consiga consertar seus
próprios erros.
"Metade do setor (elétrico)
está quebrado e pra consertar tudo isso, o mesmo governo não vai
conseguir", disse. O candidato também pegou carona na sabatina que a CNI
(Confederação Nacional das Indústrias) promoveu com os presidenciáveis para
falar sobre as políticas relacionadas ao setor industrial do PT. Serra disse
que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "um homem que
foi operário", prejudicou o setor industrial, com reflexos negativos para
a economia do País. E frisou que a era petista, que não tem capacidade
executiva, "arrebentou" um dos patrimônios da classe trabalhadora
brasileira, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), lembrando que foi quem
apresentou a emenda à Constituição que instituiu o que viria a ser o FAT.
Ao falar de sua candidatura ao
Senado Federal, José Serra disse que dentre as suas bandeiras, está "a
batalha para consertar a questão do FAT" e garantir que genéricos sejam
destinados também aos pacientes com câncer. Ele disse que a aprovação para um
medicamento genérico entrar no mercado, que era de cerca de cinco meses quando
esteve à frente do Ministério da Saúde, na gestão do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), hoje, na gestão do PT, leva quase 30 meses.
Ele também lamentou que da década
de 80 para cá, o ritmo da economia brasileira caiu três vezes. "Estamos há
praticamente 34 anos sem encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável,
com 'salto de galinha', cresce mas cai. E engenharia está ligada a
investimentos. Não me formei engenheiro porque virei líder estudantil e deixei
o Brasil. No exterior, não deu pra terminar engenharia porque nada contava como
crédito. Então acabei mudado pra economia, área que tinha mais atração",
afirmou.
Serra lembrou, na palestra, sua
participação na gestão do falecido governador de São Paulo Franco Montoro.
"Vocês não têm ideia da terra arrasada que encontramos ao assumir o
governo de São Paulo, após a administração de Paulo Maluf", criticou.
O tucano falou também que
pretende defender a bandeira da segurança, principalmente o combate às drogas e
a vigilância nas fronteiras. "Hoje não há campanha educacional contra as
drogas", lamentou. E criticou: "Parece que hoje virou coisa de
direito civil".
Fonte: Agência Estado.
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