COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
UMA LIÇÃO QUE DEVE SER ESTUDADA.
Nobres:
Foi dorido para o torcedor
brasileiro ver a Seleção ser massacrada pela Alemanha quando o sonho do
hexacampeonato já assumia contornos de realidade, mas a derrota no campo de
jogo, principalmente da forma como ocorreu, sempre deixa ensinamentos preciosos
para a construção de um futuro melhor. Foi à derrota de 2002 para o próprio
Brasil que fez a Alemanha se conscientizar de que somente com um planejamento
cuidadoso poderia melhorar seu desempenho nas próximas competições. Aprofundando-nos
em conhecimentos do futebol alemão, sobre sua organização, e encontramos as duas
direções que administram o futebol alemão. A Liga condicionou a licença da
primeira divisão aos clubes que montassem academias formadoras de jovens.
Depois, estendeu esta medida à segunda divisão. Paralelamente, a DFB criou
centros de treinamentos para crianças abaixo de 14 anos, em integração com
escolas. Ao mesmo tempo, os alemães mandaram técnicos para o exterior, para
formação em países considerados referência em treinamento de jovens. Claro que
isso tudo só foi possível com muito investimento de recursos, mas os resultados
logo se fizeram notar. Os clubes alemães passaram a se destacar e a disputar os
principais títulos europeus. E a seleção que vai para a final da Copa no Brasil
é a consequência direta desse trabalho. Nada ocorre por acaso. Com o vexame de
terça-feira passada, o pior da história do futebol brasileiro, tem que pelo
menos assimilar os ensinamentos dos vencedores. O Brasil já conquistou cinco
títulos mundiais, mas não pode mais continuar dependendo do improviso e da
criatividade intuitiva dos seus jogadores. Chegou a hora de uma revolução
inteligente no futebol brasileiro, que inclua seriedade na organização e
investimentos na formação de futuros atletas. Os alemães estão mostrando como
se faz. Em vez de nos revoltarmos e procurarmos culpados, o mais sensato é
reconhecer a superioridade dos nossos oponentes, aplaudi-los e ter humildade
para aprender o que eles já aprenderam. Se o país conseguiu organizar uma Copa
bem-sucedida, contra todas as expectativas, também pode reorganizar o seu
futebol para que volte a ser vencedor. Mais um exemplo consolida a realidade. A
Argentina está na final, talvez experimente um conceito mais reverente que o
nosso. Também deixamos de condicionar pelo governo e mídia, estabelecendo uma
rivalidade irracional sobre o país vizinho, entre outras questões vai abdicar
“a massa como elemento de manobra para os grupos de poder que usa a população para
se desviar e programar ações corruptas. Enfim, vamos aprender e não é apropriado mais uma vez
improvisar. Para que antevemos a razão, a cultura e os costumes “não há jeito
não” ventila-se a continuidade do técnico Felipão na seleção brasileira, (que em
nosso raciocínio - já passou) deixando mais uma vez que o Brasil implementa
retrocesso nos demais setores da nação.
Antônio Scarcela Jorge.
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