quinta-feira, 10 de julho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

UMA LIÇÃO QUE DEVE SER ESTUDADA.

Nobres:
Foi dorido para o torcedor brasileiro ver a Seleção ser massacrada pela Alemanha quando o sonho do hexacampeonato já assumia contornos de realidade, mas a derrota no campo de jogo, principalmente da forma como ocorreu, sempre deixa ensinamentos preciosos para a construção de um futuro melhor. Foi à derrota de 2002 para o próprio Brasil que fez a Alemanha se conscientizar de que somente com um planejamento cuidadoso poderia melhorar seu desempenho nas próximas competições. Aprofundando-nos em conhecimentos do futebol alemão, sobre sua organização, e encontramos as duas direções que administram o futebol alemão. A Liga condicionou a licença da primeira divisão aos clubes que montassem academias formadoras de jovens. Depois, estendeu esta medida à segunda divisão. Paralelamente, a DFB criou centros de treinamentos para crianças abaixo de 14 anos, em integração com escolas. Ao mesmo tempo, os alemães mandaram técnicos para o exterior, para formação em países considerados referência em treinamento de jovens. Claro que isso tudo só foi possível com muito investimento de recursos, mas os resultados logo se fizeram notar. Os clubes alemães passaram a se destacar e a disputar os principais títulos europeus. E a seleção que vai para a final da Copa no Brasil é a consequência direta desse trabalho. Nada ocorre por acaso. Com o vexame de terça-feira passada, o pior da história do futebol brasileiro, tem que pelo menos assimilar os ensinamentos dos vencedores. O Brasil já conquistou cinco títulos mundiais, mas não pode mais continuar dependendo do improviso e da criatividade intuitiva dos seus jogadores. Chegou a hora de uma revolução inteligente no futebol brasileiro, que inclua seriedade na organização e investimentos na formação de futuros atletas. Os alemães estão mostrando como se faz. Em vez de nos revoltarmos e procurarmos culpados, o mais sensato é reconhecer a superioridade dos nossos oponentes, aplaudi-los e ter humildade para aprender o que eles já aprenderam. Se o país conseguiu organizar uma Copa bem-sucedida, contra todas as expectativas, também pode reorganizar o seu futebol para que volte a ser vencedor. Mais um exemplo consolida a realidade. A Argentina está na final, talvez experimente um conceito mais reverente que o nosso. Também deixamos de condicionar pelo governo e mídia, estabelecendo uma rivalidade irracional sobre o país vizinho, entre outras questões vai abdicar “a massa como elemento de manobra para os grupos de poder que usa a população para se desviar e programar ações corruptas. Enfim,  vamos aprender e não é apropriado mais uma vez improvisar. Para que antevemos a razão, a cultura e os costumes “não há jeito não” ventila-se a continuidade do técnico Felipão na seleção brasileira, (que em nosso raciocínio - já passou) deixando mais uma vez que o Brasil implementa retrocesso nos demais setores da nação.

Antônio Scarcela Jorge.

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